Leonardo Martins - Mentalista

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Passar Através de Portas Causa Esquecimento

Nós todos experimentamos isso: A frustração de entrar numa sala e esquecer o que iríamos fazer.


Uma nova pesquisa do Departamento de Psicologia da Universidade de Notre Dame, feita pelo Professor Gabriel Radvansky, sugere que passar através de portas é a causa desses lapsos de memória.

"Entrando ou saindo por uma porta serve como um "evento limite" na mente, que separa os episódios de atividade e os arquiva", explica Radvansky.

"Recordando a decisão ou atividade que foi feita em uma sala diferente é difícil, porque foi compartimentada."

O estudo foi publicado no Journal of Experimental Psychology Quarterly.

Conduzindo três experimentos em ambientes reais e virtuais, sujeitos pesquisados por Radvansky - todos estudantes universitários - realizaram tarefas que necessitavam da memória enquanto travessavam um quarto e saiam por uma porta.

No primeiro experimento

em ambiente virtual, os indivíduos moveram-se de uma sala para outra, selecionando um objeto sobre uma mesa e mudando-o para uma outra mesa. Eles fizeram a mesma coisa enquanto simplesmente moviam-se através de um quarto, mas não atravessando uma porta.

Radvansky descobriu que os indivíduos esqueciam mais após atravessarem uma porta do que comparado ao se movimentar pela mesma distância através de um cômodo, sugerindo que a porta, ou "evento limite" atrapalha na habilidade de recuperar pensamentos ou decisões tomadas em uma sala diferente.

No segundo experimento

no mundo real, foi requerido que os indivíduos escolhessem caixas para os objetos selecionados e se movessem tanto através de uma sala, como percorrendo uma distância e passando por uma porta. Os resultados no ambiente real replicaram os resultados obtidos no mundo virtual: Passar por uma porta serve como meio da mente arquivar memórias.

O experimento final 

foi projetado para testar se realmente portas servem como "eventos limites" ou se a habilidade de alguém se lembrar é a conexão do ambiente com a decisão - neste caso, a seleção de um objeto - foi criada. Pesquisas anteriores nos mostraram que o ambiente afeta a memória e que a informação aprendida em um ambiente é recuperada mais facilmente quando a recuperação desta memória ocorre no mesmo contexto. Indivíduos nesta etapa do estudo passaram por várias portas, levando de volta para o cômodo que eles começaram. Os resultados não mostraram melhora na memória, sugerindo que o ato de passar por uma porta serve como uma forma da mente arquivar memórias.


Fonte: Notre Dame News mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Como a música afeta o cérebro e como você pode usar isso em sua vantagem


Muitas vezes a música pode dar uma quebra no seu dia. Pode mudar o seu humor, motivá-lo no seu exercício, e ajudar na recuperação de uma doença. Mas como isso funciona exatamente, e como você pode usar isso como vantagem?

Recentemente a congressista americana Gabrielle Giffords usou musico-terapia para ajudá-la a aprender a falar novamente. A teoria, não comprovada, envolve a idéia de que a música age em várias partes do cérebro e, dessa forma, acessa vários caminhos entre os neurônios. A música, então, ajuda pacientes a conectar conhecimento armazenado de palavras através de sons e ajuda a criar novas conexões necessárias a fala. A mesma idéia foi usada por vítimas de derrame no passado e tem sido conhecido como Efeito Kenny Rogers.

Você não precisa sofrer um dano cerebral para obter esses benefícios, porém, vamos dar uma olhada em como a música afeta o cérebro em um caso comum, e em como você pode usar isso para melhorar seu dia-a-dia.

Regresso da Memória

Você deve se lembrar de estudos da década de 90 que diziam que estudar ouvindo Mozart aumentavam as chances de um bom desempenho em uma prova. Isso tem sido refutado em estudos recentes, que inclusive têm mostrado um efeito negativo na retenção se você está estudando números ou listas. Ainda assim, tocar música tem comprovadamente o efeito de aumentar a memória e as habilidades de linguagem; mas para os ouvintes, é melhor como meio de recordar memórias. Isto tem sido mostrado em pacientes de Alzheimer como ajuda na recuperação de memória, e como restaurador da função cognitiva. Funciona com pacientes de Alzheimer e funciona com todo mundo.

Quando você escuta uma música que você conhece, estimula o Hipocampo, que lida com o armazenamento de longo prazo no cérebro. Fazendo isso, pode também trazer de volta relevantes memórias do que você fez enquanto escutava aquela música em particular. Assim, embora o Efeito Mozart tenha sido essencialmente refutada, a idéia de formar uma nova memória com uma música, e usando essa mesma música de novo para recordar essa memória parece ser uma boa idéia. Se você está tendo problemas em se recordar de algo, você pode ter melhor sorte se escutar a mesma música que estava escutando no momento daquele pensamento.

Melhore sua Imunidade

A idéia de que escutar música pode melhorar seu sistema imunológico pode soar um pouco maluca à primeira vista, mas a ciência confirma isso. Música suave é conhecida por diminuir o stress, e quando ele faz isso, diminui os níveis do hormônio cortisol. E não é somente a música suave, mesmo dance music "pra cima" aumenta seu nível de anti-corpos no seu sistema. Dr. Ronny Enk, que está a frente da recentes pesquisas sobre o efeito da música sobre o sistema imunológico, sugere: "Nós achamos que o estado agradável que pode ser induzido pela música leva a mudanças fisiológicas especiais e com isso à redução do stress ou melhorar a resposta imune direta."

Agora, é uma boa idéia para manter isso em mente durante todo o dia. Se você está se sentindo estressado ou se você está começando a se sentir mal, ouvir música pode ser uma ajuda extra que você precisa para ficar bem. Se você está tendo dificuldades para encontrar algo suave para ouvir, nossa coleção de sons do trabalho são um bom lugar para começar. Se você preferir o método "pra cima", qualquer dance music fará o mesmo truque.

Melhore o seu Exercício

Como dito anteriormente, música tem um efeito nos exercícios. Em um estudo recente, pesquisadores encontraram uma correlação positiva entre música com batida rápida e exercício. Mesmo que isso não seja tão surpreendente assim, música ajuda a aumentar o exercício de força, distraindo a atenção e empurrando o coração e os músculos a trabalharem num ritmo mais rápido. Não se sabe como ou porque isso funciona, mas é o pensamento que facilita o exercício.

A melhor música para escutar é com 120 a 140 batidas por minuto, o que é também o tempo padrão da dance music "pra cima", ou seja, estará aumentando o seu sistema imunitário e ajudando você a se exercitar ao mesmo tempo.


Mantenha a Falta de Ar sob Controle

Nós já ouvimos antes que cantarolar uma música diminui a ansiedade, eo mesmo vale para evitar falta de ar. Em um estudo com jogadores de basquete que eram propensos a falha na linha do lance livre, os pesquisadores descobriram que podiam melhorar a porcentagem do jogador se eles primeiro ouvissem música uma música "pra cima". Ouvir a canção Monty Python, "Sempre olhe para o lado brilhante da vida", fez com que o jogadores de basquete perdessem o foco e executassem seus lances livres com o mínimo envolvimento do córtex pré-frontal.

Se você está propenso a ficar ansioso, preocupado, ou com falta de ar em reuniões ou apresentações, jogando com o humor e música alegre antes de ir em pode ajudar a distrair seu cérebro o suficiente para mantê-lo calmo. Como mencionado acima, "Sempre olhe para o lado brilhante da vida", é um grande exemplo, mas certamente certas faixas como de Jonathan Coulton, They Might Be Giants, Weird Al Yankovic, ou qualquer outra canção cômica funcionará muito bem.

Combate à Fadiga e Aumento de Produtividade

O efeito de usar a música para aumentar a produtividade ainda é inconclusivivo, apesar de alguns estudos terem sido feitos sobre o assunto. Independentemente disso, certamente não faz mal, e parece ser a melhor opção, usar música sem palavras por isso não tem afetar as partes de linguagem do seu cérebro. A teoria é semelhante ao do exercício descrito acima, mais rápido a música mais rápida pode manter você e seu cérebro trabalhando duro.

Dito isto, se você tem um trabalho monótono, a música é uma ótima maneira de aumentar o seu humor durante a execução de um trabalho chato. Com o mesmo raciocínio, na ajuda com o exercício, ele também pode ajudar a combater a fadiga, especialmente se você mudar a música muitas vezes. Estudos também têm demonstrado que quase todas as músicas aumentam o seu humor, porque provoca uma liberação de dopamina, por isso, se você está se sentindo cansado, entediado ou deprimido, uma boa canção pop pode ser a cura que você precisa.

A música é um motivador e um grande meio para manter-se no seu bom humor, e apesar de uma série de efeitos ainda não serem comprovados, ouvir música certamente não faz mal. Você tem uma música em particular que sempre coloca você em bom humor ou produtivo?


Original: Lifehacker mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Laboratório de Hipnose Forense é reinaugurado no Paraná

Serviço do Instituto de Criminalística esteve indisponível durante três anos. Laboratório é o único com essa especialidade na América Latina.
Entre 1998 e 2008, laboratório atendeu mais de 700 vítimas de crimes.
(Foto: Diego Alves/SESP)

O Laboratório de Hipnose Forense, do Instituto de Criminalística do Paraná, foi reaberto nesta quarta-feira (14). O laboratório é o único do gênero na América Latina e estava fechado desde 2008. O serviço começou a ser prestado à população em 1998.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, a técnica é usada em casos que a vítima de um crime sofre um bloqueio mental e não consegue se lembrar de como o fato aconteceu. Delegados responsáveis pela investigação do crime e os médicos do Instituto de Criminalística podem encaminhar a vítima ao laboratório.

Como funciona

A hipnose é realizada em uma sala acústica, à prova de ruídos. Ao lado, em uma sala com vidro espelhado, parentes da vítima e o delegado responsável podem acompanhar a sessão.

De acordo com a Secretaria de Segurança, durante o período em que o laboratório esteve aberto já foram feitos mais de 700 atendimentos a vítimas de crimes.

Fonte: G1

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Álex Dave


No evento exclusivo da Academia Brasiliense de Mágica do mês de dezembro, o mágico Álex Dave (do Rio de Janeiro) apresentou mágicas próprias, de Chris Kenner,  Lennart Green e Garrett Thomas.


Álex falou sobre suas idéias para criação de rotinas, apresentação e escolha de ferramentas.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Os estranhos poderes do efeito placebo


Quem compra remédio pode achar que só a fórmula do medicamente é que age.


Falta um ingrediente essencial nisso: o poder da sua cabeça.








Ao longo de anos de experiência clínica, não é difícil se deparar com histórias de pacientes que apresentam uma melhora acima da esperada ou até mesmo a reversão de um quadro que parecia sem solução. Milagre? Pouco provável. Apesar de ter tudo a ver com crenças. E não importa se a fé é em Deus ou na medicina. O fato de acreditar na cura é, em linhas gerais, o tal poder da mente – mais conhecido entre cientistas como efeito placebo.

Para determinar se uma determinada substância é eficiente, ela é comparada com uma inócua, quimicamente inativa. Assim, num estudo às cegas, metade de um grupo toma pílulas com o novo medicamento e a outra metade, pílulas de farinha. Em teoria, estes indivíduos não deveriam sentir nenhum benefício, mas na prática não é o que ocorre.
Em média, cerca de 30% dos participantes que tomam placebo sentem alguma melhoria em sua situação.


mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Obrigado, Genaro

Photobucket

Uma noite maravilhosa com a apresentação do "Cabaré Extraordinário". Casa cheia, público caloroso: ambiente perfeito.

Photobucket

O Genaro Jazz Burger Café é uma excelente opção para um ambiente aconchegante e charmoso em Brasília (114 norte).

Photobucket

Uma delícia de noite.

sábado, 19 de novembro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Review: "Maximum Entertainment"


Ken Weber começa com sua ótima definição do que é entretenimento:

“É qualquer coisa que propositalmente transporte a sua mente para outro mundo.” 


O autor escreveu dicas incríveis para se tornar um “enterteiner”: dicas práticas. Mas foi sua teoria que realmente me envolveu.

Weber coloca que, para a visão do espectador, nossos “efeitos” podem cair em uma das três categorias:

  1. Quebra-cabeça;
  2. Truque;
  3. Momento Extraordinário.

Na categoria Quebra-cabeça, que é o caso da maioria das performances, o espectador sabe que o que ele viu foi algo impossível, mas que ele assume que é tudo uma questão do segredo do método.

Um Truque é a demonstração de uma clara habilidade, e mais impressionante que um quebra-cabeça. É a posse de uma alta, especializada, e secreta habilidade.

Em um Momento Extraordinário a habilidade não está em questão. É gerado um êxtase. Por um momento o mundo do público é desconstruído e ele é transportado para um outro mundo.

A partir deste ponto o livro leva você, magistralmente, a entender como um momento extraordinário é produzido. Faz comparações entre famosas apresentações que podemos assistir no youtube, discute estilos e diferentes reações do público.


Passo-a-passo, Ken Weber nos conduz a 6 segredos do trabalho real:

1 - Seja mestre do seu ofício. Você não pode obter sucesso se não dominar o seu material. Aceite que o caminho difícil é atualmente o caminho fácil.

2 - Comunique com a sua humanidade. Diga-me quem você é. Diga-me que se importa comigo. Deixe-me saber mais de você do que de seus apetrechos.

3 - Capture a excitação. Quais partes da sua rotina são triviais? O que ficará na memória do público uma semana depois? Algo especial acontece em todo truque mágico. Encontre-o. Enfatize-o. Por que eu deveria gastar um momento da minha vida assistindo você?

4 - Controle cada momento. Seja o super-homem em frente da sua audiência. Você não pode deixar as mentes da sua audiência divagar.

5 - Elimine seus pontos fracos. Lembre-se de que tudo que você faz em frente de uma audiência, aumenta o entretenimento ou diminui. Deve haver um propósito em cada momento.

6 - Construa um clímax. Invista um tempo extra, esforço e criatividade em entregar um absoluto e poderoso final.


Além disso: Como escolher um material e desenvolver um ato, como fazer a transição de uma mágica para outra em uma rotina, e mais.

Por causa dos grandes nomes do Mentalismo, criei o hábito de escrever roteiros das minhas rotinas, mas nunca havia realmente entendido o porquê. Eu estava fazendo essa parte certa, mas não sabia como funcionava. Weber explica com detalhes os porquês de se escrever um roteiro.

Como se tivéssemos um diretor ao nosso lado, Ken Weber explica como devemos testar um som no palco, como trabalhar as luzes, e um capítulo inteiro só sobre piadas: o que é bom e o que não é bom. Passa por detalhes de todos os tipos de apresentações e suas particularidades.

Após a leitura deste livro, sua apresentação nunca mais será a mesma. Recomendo.

Autor: Ken Weber
Páginas: 251
Língua: Inglês

Este review foi publicado anteriormente na edição 01 do Jornal da Academia Brasiliense de Mágica.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Efeito Forer (ou Efeito Barnum)

Assista ao vídeo primeiro!!!



O Efeito Forer (também chamado de Efeito Barnum) é na observação de que indivíduos fazem avaliações de alta precisão para as descrições de uma personalidade, que supostamente são adaptados especificamente para eles, mas estão de fato de um modo vago e geral suficientes para se aplicar a uma ampla gama de pessoas. Este efeito pode fornecer uma explicação parcial para a aceitação generalizada de algumas crenças e práticas.

Um fenômeno relacionado, e mais geral, é a da validação subjetiva. A validação subjetiva ocorre quando dois eventos não relacionados ou mesmo aleatórios são percebidos como co-relacionados: seja por causa de uma crença, expectativa, ou hipótese. Assim, as pessoas buscam uma correspondência entre a percepção de sua personalidade e do conteúdo de um horóscopo (por exemplo).


Em 1948, o psicólogo Bertram R. Forer fez um teste de personalidade aos seus alunos. Ele disse aos seus alunos que estavam, cada um, recebendo uma análise de sua personalidade. A cada aluno foi pedido que fizesse uma avaliação em uma escala de 0 (muito ruim) a 5 (excelente) sobre a forma como a análise de personalidade se encaixava com o aluno. Na realidade, cada um recebeu a mesma análise:

"Você tem uma grande necessidade de que outras pessoas gostem de você e o admirem. Você tem uma tendência a ser muito crítico consigo mesmo. 
Você tem uma grande capacidade não usada que você não colocou a seu favor. Embora tenha algumas fraquezas de personalidade, você geralmente é capaz de compensá-las. 
Apesar de disciplinado e auto-controlado, você tende a ser preocupado e inseguro interiormente. Às vezes você tem sérias dúvidas quanto ao facto de ter tomado a decisão correta ou se fez a coisa certa. 
Você prefere uma certa mudança, e fica insatisfeito quando é cercado por restrições e limitações. Você se orgulha de ser um pensador independente e não aceita afirmações de outros sem provas satisfatórias. 
Você achou prudente ser excessivamente sincero ao se abrir para os outros. Às vezes você é extrovertido, afável e sociável, embora às vezes seja introvertido, cauteloso, reservado. 
Algumas das suas aspirações tendem a ser bem irrealistas. Segurança é um dos seus principais objetivos na vida. "

Em média, o índice foi de 4,26 (acerto elevadíssimo). Somente depois da avaliação, foi revelado que cada aluno havia recebido uma cópia idêntica do horóscopo montado por Forer. Como pode ser visto a partir do perfil, há uma série de declarações que poderia ser aplicável igualmente a qualquer um. Estas declarações ficaram mais tarde conhecidas como Declarações Barnum, depois de P.T. Barnum encontrar variáveis ​​que influenciam o efeito.

Estudos descobriram que os indivíduos fazem avaliações com maior precisão se o seguinte for verdadeiro:

  • O sujeito acredita que a análise só se aplica a ele ou a ela.
  • O sujeito acredita na autoridade do avaliador.
  • A análise feita é formada principalmente por listas de traços positivos.

Para receber artigos como este em seu facebook, é só curtir a minha página

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Um Show de Equilíbrio


Algumas vezes só acreditamos que algumas coisas são possíveis quando vemos outro homem fazendo em nossa frente. Este é um dos conceitos de Herói. Linda apresentação: um momento mágico.

Obrigado pela contribuição, Ana Kátia.

Repórter da BBC testa aparelho que amplifica 'poder da mente'


"A repórter da BBC Katia Moskvitch testou, no laboratório de Tecnologias Emergentes da empresa IBM em Winchester, na Inglaterra, um aparelho que interpreta sinais do cérebro para mover objetos.

Conectado a uma tela de computador que exibe um cubo vermelho flutuante, o sistema pode ser treinado para aprender a associar padrões de pensamento específicos com movimentos.

O inventor responsável pelos testes, Ed Jellard, explica que durante a fase de treinamento, a repórter tem que pensar em nada por alguns momentos, para que o computador saiba como é seu cérebro quando ela não tem pensamentos.

Em seguida, é preciso registrar em um programa de computador, um a um, diferentes comandos pensados por ela para mover o cubo na tela.

Durante os testes, a repórter consegue controlar até mesmo os movimentos de um carrinho de brinquedo utilizando somente seus pensamentos.

Mas tecnologia, criada inicialmente para a indústria de videogames, ainda tem um longo caminho a percorrer, segundo Ed Jellard, antes de poder ser usada em situações complexas.

Controle do ambiente

O aparelho foi criado pela companhia australiana Emotiv, mas a IBM criou o software que permitiu conectá-lo a dispositivos como um carro de brinquedo, um interruptor de luz e uma televisão.

Os sinais de controle chegam ao sistema por meio de medições da atividade cerebral e leituras de impulsos nervosos enquanto eles viajam em direção aos músculos.

A equipe de cientistas já conseguiu utilizar a tecnologia para ajudar um paciente que sofre de Síndrome do Enclausuramento após um infarto.

A síndrome é uma condição neurológica que deixa o indivíduo paralisado, apesar de consciente.

Depois de treinar o dispositivo com a ajuda de pesquisadores, o paciente é capaz de apagar e acender luzes, mudar a música e a temperatura do ambiente onde está."


Fonte: BBC Brasil

domingo, 9 de outubro de 2011

Efeito Pigmaleão


Segundo Ovídio, Pigmaleão era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Na verdade ele havia decidido viver em celibato na Ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs. A deusa Afrodite, apiedando-se dele e atendendo a um pedido seu, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés da que Pigmaleão esculpira, em beleza e pudor, transformou a estátua numa mulher de carne e osso, com quem Pigmaleão casou-se e, nove meses depois, teve uma filha chamada Pafos, que deu nome à ilha.

O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas.

Em Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmaleão ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.

O efeito Pigmalião foi assim nomeado por Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, destacados psicólogos americanos, que realizaram um importante estudo sobre como as expectativas dos professores afetam o desempenho dos alunos. Segundo os autores, professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes devem obter melhores resultados; inversamente, professores que não têm apreço por seus alunos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho dos educandos.

Fenômeno semelhante foi estudado por Robert K. Merton, que o chamou profecia auto-realizável, porque quem faz a profecia é, na verdade, quem a faz acontecer.

Na gestão, a profecia auto-realizável foi apresentada em célebre estudo de Douglas McGregor, na década de 1960, que mostrou que a expectativa dos gerentes afeta o desempenho dos empregados: quando o gerente espera coisas positivas deles, essas tendem a vir; quando tem expectativas negativas, elas provavelmente também serão confirmadas.

Em termos práticos, se alguém vê o outro como "difícil", não-colaborador ou mesmo como "inimigo", tende a agir como se o outro realmente fosse assim, levando-o a fechar-se para a colaboração e a tornar-se parecido com a imagem criada. Portanto, segundo McGregor: Quem tem expectativas ruins sobre os outros, não acredita neles ou não vê suas qualidades, costuma colher o pior dessas pessoas; já quem tem expectativas positivas, tende a obter o melhor de cada uma delas. mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cientistas desenvolvem detector de mentiras a partir de análise facial


O sistema usa uma câmera comum, um sensor térmico de alta resolução e um software. Os pesquisadores dizem que o método pode ser de grande valia para serviços secretos.

O estudo utiliza pesquisas anteriores sobre como as pessoas revelam involuntariamente emoções por meio de sutis mudanças de expressão e do fluxo de sangue para o rosto.

Sinais de mudanças de emoção captados por câmeras comuns incluem movimentos de olhos, pupilas dilatadas, morder ou apertar os lábios, coçar o nariz, respiração acelerada, piscadelas rápidas e assimetria visual.

Os sensores termais detectam o acúmulo de sangue ao redor dos olhos.

O método tradicional de detecção de mentiras depende do polígrafo, instrumento desenvolvido em 1921, mas este é invasivo, com fios grudados na pele. O novo sistema pode ser usado mesmo sem o conhecimento da pessoa analisada.

Mas os pesquisadores admitem que os testes não podem nunca chegar a 100% de acerto, já que eles detectam emoções como estresse, medo ou desconfiança e não a mentira em si. O medo pode significar o temor de não ser acreditado, e não necessariamente o de ser pego mentindo.

Notícia na BBC

Notícia no G1

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Guilherme Ávila nas Ruas de Buenos Aires


Vídeo de um grande amigo, Guilherme Ávila. Reparem em como é feito a mágica: não é técnica, é encanto. É o que Ken Weber chama de "Momento Extraordinário". Reparem no rosto das pessoas. Isso é Entretenimento.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

HipnoMagic no Bocanegra


Apresentação dos meus grandes amigos na 402 sul, no Bocanegra. Recomendo!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

The Umbilical Brothers

O papel do artista é fazer a ligação entre o divino e o coração das pessoas.

Abaixo uma curta apresentação dos Umbilical Brothers. Artistas!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Associação de Mágicos de Brasília

Escrito em julho de 2011 com o título: "Por que sou a favor da Associação"

Seguindo a lógica do escritor Romeu Martins, falando sobre Steampunk, eu acho que a mágica é uma dessas coisas raras em que a concorrência só faz alimentar o consumo. Veja, se alguém assiste a um mágico A, vai querer ver mais mágica com um mágico B. O mágico A não pode ficar produzindo novo material todo dia, não se ele é um profissional. Nas palavras do mágico David Stone "Amador é aquele que faz mágicas diferentes para o mesmo público, Profissional é aquele que faz as mesmas mágicas para públicos diferentes". A referência a que David Stone faz é sobre o treino incessante necessário a uma apresentação profissional.

Mágica não é truque. O truque é apenas um dos elementos da mágica. Não há mágica se você não gerou um "Momento Extraordinário" - uma emoção dramática, onde o mundo da pessoa se parte por um momento. Se tudo que você fez foi um truque, então sua platéia apenas viu um quebra-cabeça. Isso não é arte.

Assim como o sabor, diferentes temperos aguçam o paladar, diferentes mágicos aguçam a percepção de apresentação deste gênero artístico. A diversidade enriquece a mágica, podendo, quem sabe, tornar Brasília um pólo nacional desta arte, assim como foi o Jazz em Paris na década de 60 e a pintura na Itália na Renascença.

Conferência com Henry Vargas


Um encontro maravilhoso em Brasília com o mágico Henry Vargas, campeão mundial por 2 entidades internacionais.

Nascido em Belo Horizonte, e com apenas 20 anos, hoje se apresenta em várias partes do mundo, incluindo Las Vegas.

Sua teoria sobre mágica é muito completa, fruto de um estudo sério da Arte Mágica. Seus prêmios internacionais são mais do que merecidos.

domingo, 21 de agosto de 2011

Detetives Psíquicos colocados em teste

Uma prática muito comum em alguns países é a o uso de "detetives psíquicos" na resolução de casos policiais problemáticos. Pessoas, que se dizem com poderes psíquicos, fazem uso de técnicas de "Leitura Fria" (Cold Reading)*,e se aproveitam do desespero das pessoas para promoção pessoal.

Banachek, um dos meus ídolos do Mentalismo, se tornou um novo cruzado contra os que fazem este tipo de atividade. Simples: Um milhão de dólares para quem provar que possui habilidades psíquicas. O programa agora será exibido pela ABC.

O desafio não é novo. Na verdade o One Million Dollar Paranormal Challenge, existe desde 1996 neste valor. A James Randi Educational Foundation se propõe a pagar um milhão de dólares a qualquer um que demonstrar evidência de evento paranormal, sobrenatural ou de poderes ocultos, em condições de testes aceitas por ambas as partes.

Clique aqui para ver a chamada para o programa na ABC News. Aterrador!!!

Leitura Fria: Técnica usada para obter informações de uma pessoa sem que ela perceba que é ela mesma que as está fornecendo, de forma a convencer a pessoa de que se sabia antes da pessoa ter dito.

Desafio do Truque da Câmera



Uma única tomada. Sem edição. Sem efeitos de computação.

Como essa mágica é feita?


Clique aqui se você quiser descobrir como foi feita.

What Every body is Saying



Interpretar a Linguagem Corporal não é decorar um dicionário de gestos (como brinca o vídeo acima), mas uma combinação de vários sinais majoritários. A interpretação dos pensamentos pela Linguagem corporal é uma arte, não uma ciência.os "lidos" como um único conjunto. Ter um interlocutor a nossa frente com os braços cruzados enquanto falamos pode ser sinal de proteção e resistência a nossas palavras, mas pode ser simplesmente frio, ou outra coisa qualquer. Não é possível interpretar um pensamento com um único sinal isolado, devemos analisar sempre o conjunto.

What Every Body is Saying foi o primeiro livro mais técnico que li sobre o assunto. Escrito por um Agente aposentado do FBI da área de contra-inteligência, Joe Navarro, o livro é um dos melhores sobre o assunto.

Não existe um caminho reto para a leitura, mas uma prática que só pode ser resultado de uma longa experiência. Algum conhecimento e: treino, treino, treino.

sábado, 13 de agosto de 2011

Profundamente dentro da Neurociência da Hipnose


Um novo artigo da "Trends in Cognitive Sciences" explora como os neurocientistas cognitivos estão se tornando cada vez mais interessados ​​em compreender a hipnose e a estão usando para simular estados incomuns de consciência no laboratório.

A Hipnose era tipicamente tratado com desconfiança pela ciência cognitiva, até que de um ponto de virada veio quando um estudo de 2000 demonstrou que as pessoas hipnotizadas para ver a cor cinza em painéis, mostraram atividades nas áreas de percepção da cor no cérebro.

Mitos sobre a hipnose ainda são comuns, mas a hipnose nada mais é do que a disposição de uma pessoa em um processo de sugestão. A indução hipnótica, com o esteriótipo do: contando de trás para frente e o "você está se sentindo sonolento", ajuda mas não é necessário.

Crucialmente, e por razões que ainda não estão claras, todos nós variamos em nossa capacidade de sermos hipnotizados. Esta característica é conhecida por ser mais estável do que o QI, e normalmente distribuído (estatisticamente), como muitos outros traços psicológicos.

Em outras palavras, todos nós podemos experimentar o relaxamento e concentração, e todos nós podemos imaginar o que o "hipnotizador" está sugerindo, mas apenas pessoas mais altamente hipnotizáveis ​​têm a experiência das sugestões como involuntária, como se estivessem acontecendo "sozinhas".

Pesquisas recentes têm sugerido que pessoas altamente hipnotizáveis ​​podem desassociar o processo que "olha para fora" quando têm demandas concorrentes de atenção, a partir de um processo que nos permite focar em qual das tarefas concorrentes precisamos fazer dentro de casa.

Em outras palavras, para pessoas altamente hipnotizáveis, sugestões para experimentar coisas contrárias à realidade cotidiana podem ser capazes de produzir efeitos porque o mecanismo normal de detectar e distinguir foi temporariamente suspenso.

Combinando sugestões cuidadosamente elaboradas, essa capacidade permite aos pesquisadores simular certos estados mentais em experiências no laboratório.

Por exemplo, hipnoticamente sugerir cegueira, paralisia ou perda de sensibilidade têm sido usados ​​para simular os sintomas da "histeria" ou distúrbio de conversão, uma condição em que os sintomas neurológicos aparecem sem qualquer dano ao sistema nervoso presente.

Outros estudos têm utilizado a hipnose para simular a sensação de que o corpo está sendo controlado por forças externas, um sintoma comum na psicose, ou em que o paciente pensa que seu reflexo no espelho é o de outra pessoa, uma ilusão chamada de "mirror misidentification".

Em 2008, pesquisadores usaram a hipnose para a amnésia psicogênica simulada, uma perda de memória apenas para informações antigas, apesar do fato de que os pacientes não tinham nenhuma das lesões cerebrais associadas com a síndrome de amnésia clássica.

Este artigo cobre as pesquisas em que a ciência tenta entender a hipnose por ela mesma, e a ciência que usa a hipnose como uma ferramenta de laboratório, é uma ótima introdução à pesquisa em neurociência nesta área de desenvolvimento.

Texto original: Mind Hacks mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

Jasper Maskelyne


Jasper Maskelyne entrou para a Engenharia Real Britânica assim que a Segunda Guerra Mundial começou. Ele imaginava que suas habilidades poderiam ser usadas na camuflagem. Ele convenceu os oficiais criando a ilusão de um navio de guerra alemão sobre o Tâmisa usando espelhos e um modelo.

Em janeiro de 1941, o General Archibald Wavell criou uma força-tarefa para subterfúgios e contra-espionagem. Maskelyne foi designado para servir nela e reuniu um grupo de 14 assistentes, incluindo um arquiteto, restaurador de arte, carpinteiro, químico, engenheiro elétrico, eletricista, pintor, e um construtor de cenários. Foi apelidada de "A Gangue Mágica" (The Magic Gang).

A Gangue Mágica construiu uma série de ilusões. Eles usaram telas pintadas e madeira compensada para fazer jipes parecerem tanques - e tanques parecerem caminhões. Eles criaram ilusões de exércitos e navios de guerra.
Sua maior ilusão era para esconder Alexandriadesorientar os bombardeiros alemães contra o Canal de Suez . Ele construiu uma maquete com as luzes da noite de Alexandria em um compartimento de três quilômetros de distância com prédios, farois, e baterias anti-aéreas falsos. Para mascarar o Canal de Suez, ele construiu um cone de espelhos rotativos que criou uma disco em espiral de luzes com nove milhas de largura, destinado a desorientar os pilotos inimigos para que suas bombas caíssem fora do alvo.

Em 1942 ele trabalhou na Operação Bertram, antes da batalha de El Alamein. Sua tarefa era fazer Marechal alemão Erwin Rommel achar que os ataque estavam vindo do sul, quando o general britânico Bernard Montgomery planejou o ataque a partir do norte. No Norte, 1.000 tanques estavam disfarçados de caminhões. No sul, o Gangue Mágica criou 2.000 tanques falsos com uma convincente pirotecnia. Havia uma linha ferroviária falsa, conversas de rádio falsas, e falsos sons de construção. Eles também construíram um canal de água falso e fez parecer como se nunca estivesse pronto antes do ataque.
O Gangue Mágica foi dissolvida após a batalha e, embora Winston Churchill tenha elogiado seus esforços, Maskelyne não recebeu a valorização que desejava. Maskelyne tentou retomar sua carreira no palco depois da guerra, sem muito sucesso. Ele também publicou um livro sobre suas façanhas, Magic: Top Secret, em 1949. Em 2002 The Guardian disse: "Maskelyne não recebeu o reconhecimento oficial, para um homem vaidoso isso era intolerável, e ele morreu um bêbado amargurado. Ele dá a sua história uma pungência sem a qual seria um mero bater no peito...".

Para assistir ao programa The War Illusionist da History Channel no Youtube:

mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Omar Pasha - Black Art

Sem truques de câmera. 



Você vê no vídeo exatamente o que estaria vendo se estivesse em um teatro em 1880.

Este é Omar Pasha, em uma performance do que é chamado de "Black Art", um estilo de mágica da Era Vitoriana.

Simplesmente maravilhoso.

mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Richard Wiseman

Richard Wiseman é mágico profissional e Ph.D. em Psicologia. Atualmente é professor Universidade de Hertfordshire, Inglaterra. Publicou vários livros, entre eles o editado no Brasil: 59 segundos (Recomendo).

"Em meados dos anos 1980, o psicólogo de Harvard, Daniel Wegner, deparou por acaso com uma frase obscura, mas intrigante retirada de Notas de inverno sobre impressões de verão, de Dostoiévski: "Tente atribuir-se a tarefa de não pensar num urso polar e você verá que essa maldita idéia lhe virá à mente a cada minuto." Wegner decidiu realizar uma experiência simples para descobrir se isso é verdade. Cada pessoa de um grupo de voluntários se dispôs a ficar sentada, sozinha numa sala, e recebeu a incumbência de pensar em qualquer coisa, MENOS no urso polar de Dostoiévski. Pediu-se que cada uma delas tocasse uma campainha toda vez que o urso proibido surgisse em sua mente. Em pouco tempo uma cacofonia de campainhas mostrou que Dostoiévski estava certo: tentar suprimir certos pensamentos faz com que as pessoas pensem de forma obsessiva exatamente por aquilo que estão tentando evitar.

(...) Mais de 20 anos de pesquisa têm demonstrado que esse fenômeno paradoxal acontece em diferentes aspectos da vida diária, mostrando, por exemplo, que pedir que pessoas em dieta não pensem em chocolate faz com que aumentem o consumo de tal alimento, e pedir que a população não eleja tolos para o governo a estimula a votar em George Bush."

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Vigaristas do velhos tempos: George Parker

E se você acredita... eu tenho uma ponte e eu gostaria de vendê-la ...

Esta é uma frase embutida na cultura americana, e refere-se, naturalmente, para vender a algum idiota a Ponte do Brooklyn. Tudo isso vem de um homem: George Parker (1870-1936).


Na verdade, ele era tão bom em vender marcos públicos, que ele vendia a ponte de Brooklyn duas vezes por semana,  POR ANOS. Parker convencia empresários de que a cidade precisava de dinheiro e que precisava vender alguns ativos (hoje em dia pode-se usar o termo “vigarista” em nome de "privatização") e uma pessoa que possuísse a ponte poderia fazer uma fortuna cobrando um pedágio para os motoristas que queriam atravessá-la. A polícia rotineiramente tinha de vir e parar a rodada de "novos proprietários" que estavam montando cabines de pedágio.

Ele poderia alugar escritórios mobiliados impressionantemente cheio de funcionários que trabalham duro (outros vigaristas). Para impressionar e convencer sobre sua licença, mudava de escritórios regularmente. Ele forjava documentos falsos impecáveis, oferecendo prova de ser dono de várias propriedades.

Um método de ganhar credibilidade era simplesmente ficar andando à toa pela ponte por horas, casualmente puxando conversas. Ele poderia mencionar que estava planejando fazer uma cabine de pedágio, e oferecia a licença para coletar pedágios. Mais tarde, iria confessar que sendo um engenheiro, ele não era tão experiente neste aspecto do negócio. De fato, ele tinha outras pontes para construir e queria sair da coisa toda. Outras vezes, ele seria um funcionário do governo. A licença poderia ser transferida para as suas mãos e... boom.

Às vezes, se a licença não poderia ser paga pelo preço inteiro, Parker fazia um "empréstimo" de uma parte do dinheiro necessário para comprar a ponte. Ele tentou o primeiro golpe quando tinha apenas 20 anos: convenceu um turista a vir a Nova York para comprar a ponte. O golpe funcionou e ele fugiu por 45 anos.

Ele vendeu Madison Square Garden inúmeras vezes, o Metropolitan Museum of Art, a Estátua da Liberdade, se pôs como neto do general Grant para vender o tomo de Grant.

Seu sucesso foi lendário. No entanto, todas as coisas boas chegaram ao fim, finalmente em 1928 ele foi preso e condenado a pena de prisão perpétua, que cumpriu nos seus 8 anos seguintes de vida. Ele foi extremamente popular na prisão, tanto entre os outros detentos como com os guardas, que se deliciavam com suas façanhas.

Fonte: The SteamPunk Opera

Breve Resumo da História da Mágica

(Hieronymus Bosch: The Conjurer, 1475-1480)

Por Carlos Steiner (curso de mágica clássica):

"A mágica é uma das artes mais antigas, os historiadores datam sua existência desde os primórdios da civilização. Quem demonstrasse ter mais poderes mágicos teria o domínio sobre os demais.

Na era Medieval todo rei tinha um mago e esses magos eram conhecedores da arte da mágica que passavam sigilosamente aos seus aprendizes. Os aprendizes eram selecionados dentre aqueles que tivessem maior capacidade de guardar segredo, especialmente o maior de todos: tudo é truque.

A mágica só tomou espaço nas casas de espetáculos no século XIX com o francês Robert Houdin, entretanto só veio a ser mundialmente difundida com o húngaro Houdini, mestre dos escapes.

Atualmente houve uma reformulação na mágica onde o entrosamento entre o artista e a platéia é fundamental.

Na década de 70 surge um mágico que usava Jeans e camiseta, chamado Doug Henning. Apesar de não ser um nome mundialmente conhecido alcançou muito sucesso no Canadá e nos Estados Unidos, na Broadway, foi protagonista de grandes marcas de bilheteria. Como Robert Houdin, Henning aproximou a mágica da realidade. Seu show fazia sucesso mesmo sem ser 100% polido e com um elenco amador.

Nascido no dia 16 de setembro de 1956, em New Jersey, David Seth Kotkin, David Copperfield foi o responsável por divulgar a arte mágica pelo mundo. Com seu profissionalismo, Copperfield, poliu seu show e, como seu precursor (Henning), aproximou a mágica da platéia. Sexto artista mais bem pago do mundo, recordista da Broadway, tornou a mágica um grande e lucrativo negócio."

SteamPunk


Em minhas pesquisas sobre a Era Vitoriana, inspiração para minhas rotinas de Mentalismo, esbarrei com um gênero de literatura e movimento muito, muito interessante. O SteamPunk, nas palavras de Bruno Accioly:

"SteamPunk é um movimento cultural espontâneo, engajado e multimedia, cuja característica mais fundamental é uma abordagem fantasiosa da estética do Século XIX, através de qualquer forma de expressão, em uma realidade alternativa onde as conquistas científicas e tecnológicas da Belle Époque teriam alcançado sucesso que de fato jamais alcançou.

Em obras SteamPunk notórios personagens históricos interagem com personagens fictícios de romances de 1800, carruagens a vapor dividem seu espaço nas ruas com cavalos guiados por autômatos cheios de engrenagens aparentes. Em obras SteamPunk dirigíveis colossais dividem os céus com aviões impossíveis que jamais voaram na vida real e a magia da eletricidade recém descoberta começa a ser posta a prova por homens brilhantes em toda parte.

O resultado carismático de qualquer obra SteamPunk é atraente, sobretudo, por conta de que este produto cultural representa uma caricatura retrofuturista de um presente que todos conhecemos muito bem. O SteamPunk é uma tentativa de transportar uma série de elementos tecnológicos para uma época tão maravilhosa e ao mesmo tempo tão sombria quanto o momento em que vivemos.

Talvez por isso, profissionais de inúmeras disciplinas vêm usando o SteamPunk como inspiração ou como tema central de suas obras, sejam elas indumentária, cenografia, ilustrações, pinturas, esculturas, websites, livros, quadrinhos, animações, propagandas, séries de TV, cinema e, recentemente, eventos, projetos arquitetônicos e até casamentos inspirados no gênero.

Ao contrário do que se poderia esperar, em um mundo onde movimentos de nicho ocorrem como resultado de um produto de mídia como “Guerra nas Estrelas” ou “O Senhor dos Anéis”, o movimento SteamPunk não começa com o lançamento de um produto ou franquia. Trata-se de um movimento que vem eclodindo desde a Década de 80, quando surge na literatura, ganha forças na Europa na Década de 90 e, no início do Século XXI, crece nos EUA e no Brasil em decorrência do uso da Internet como meio de comunicação.

Há alguns anos, a resposta para “O que é SteamPunk?” seria: “SteamPunk é um sub-gênero da literatura de ficção científica”. Tal definição, entretanto, envelheceu mal, e não atende a realidade dos fatos. O SteamPunk, no alvorecer da primeira década deste novo Século se transforma em movimento legítimo por força da produção cultural de massa, sem qualquer chancela corporativa, sem um único dono, sem restrições e sem fronteiras.

É por estes motivos que o SteamPunk é uma tabula rasa, um quadro em branco, um campo fértil para a criação original de obras executadas em diferentes formas de expressão, cada qual manifestando um diferente corte desta realidade fantástica, cada um usando o SteamPunk como premissa para contar uma história."

Links:
SteamPunk
Vapor Marginal
SteamCast

(Foto do post: capa do livro Vapor Punk, coletânia de contos da Língua Portuguesa sobre o gênero: Recomendo.)
Para receber artigos como este em seu Facebook, é só curtir a minha página

sábado, 30 de julho de 2011

Curso em Brasília

Muitas pessoas me perguntam onde aprender mágica em Brasília. Está aí uma ótima oportunidade: Steinermágico profissional há 14 anos, vai começar agora uma turma de iniciantes. Daniel Duarte é famoso por sua mágica close-up. Se você quer aprender mágica clássica, está aí a dica. Com um simples baralho de cartas e você se torna o centro em uma festa de amigos, poderá sempre conquistar um sorriso de uma criança fazendo truques com moedas, e ainda, descobrir como funcionam mágicas datadas de mais de mil anos. Recomendo!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Hipnose pode ajudar na anestesia

(Ilustração - Morton aplicando a primeira anestesia - Massachusetts General Hospital)

Na época em que Morton realizou a primeira demonstração pública da anestesia geral, utilizou o éter etílico como único agente anestésico. Assim a anestesia inalatória com éter se manteve por muito tempo como a única técnica de anestesia geral. Na seqüência surgiram o thiopental, o pentotal e outros barbitúricos.

Desde o início dos anos noventa, milhares de pacientes têm optado pela hipnose - como substituto ou (mais tipicamente) complemento da anestesia - numa vasta gama de procedimentos cirúrgicos, desde a reparação de hérnias até a remoção de tumores. No Hospital Universitário de Liège, na Bélgica, uma equipe de médicos liderados pela Dra. Marie-Elisabeth Faymonville, já registrou mais de 5.100 cirurgias realizadas com hipnosedação, uma técnica desenvolvida por Faymonville que substitui a anestesia geral com a hipnose, anestesia local e um sedativo leve. "Os pacientes nos contam que é uma experiência muito especial", afirma Faymonville. "Hoje somos procurados por pessoas que estão vindo de todas as partes do mundo."

A hipnose foi usada pela primeira vez como anestésico cirúrgico em 1845, na Índia, mas foi rapidamente abandonada com a introdução do éter no ano seguinte. A prática degenerou-se através das décadas seguintes, tornando-se, pelo menos aos olhos da opnião pública, pouco mais do que um truque de salão. Em 1958, a hipnose foi sancionada pela American Medical Association para uso na medicina e na odontologia. Desde então, médicos têm usado a hipnose para auxiliar no alívio de enxaquecas, depressões, ansiedade, dor crônica causada pelo câncer, etc.

Hipnose pode ajudar anestesia local em cirurgias de câncer e tireoide.

Grã-Bretanha testa hipnose como alternativa a anestesia em partos.

Anestesia geral - hipnose, analgesia, bloqueio neuromuscular e proteção contra o estresse.

Hipnose como alternativa para a sedação está voltando aos centros cirúrgicos.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...