Leonardo Martins - Mentalista

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Review: "Maximum Entertainment"


Ken Weber começa com sua ótima definição do que é entretenimento:

“É qualquer coisa que propositalmente transporte a sua mente para outro mundo.” 


O autor escreveu dicas incríveis para se tornar um “enterteiner”: dicas práticas. Mas foi sua teoria que realmente me envolveu.

Weber coloca que, para a visão do espectador, nossos “efeitos” podem cair em uma das três categorias:

  1. Quebra-cabeça;
  2. Truque;
  3. Momento Extraordinário.

Na categoria Quebra-cabeça, que é o caso da maioria das performances, o espectador sabe que o que ele viu foi algo impossível, mas que ele assume que é tudo uma questão do segredo do método.

Um Truque é a demonstração de uma clara habilidade, e mais impressionante que um quebra-cabeça. É a posse de uma alta, especializada, e secreta habilidade.

Em um Momento Extraordinário a habilidade não está em questão. É gerado um êxtase. Por um momento o mundo do público é desconstruído e ele é transportado para um outro mundo.

A partir deste ponto o livro leva você, magistralmente, a entender como um momento extraordinário é produzido. Faz comparações entre famosas apresentações que podemos assistir no youtube, discute estilos e diferentes reações do público.


Passo-a-passo, Ken Weber nos conduz a 6 segredos do trabalho real:

1 - Seja mestre do seu ofício. Você não pode obter sucesso se não dominar o seu material. Aceite que o caminho difícil é atualmente o caminho fácil.

2 - Comunique com a sua humanidade. Diga-me quem você é. Diga-me que se importa comigo. Deixe-me saber mais de você do que de seus apetrechos.

3 - Capture a excitação. Quais partes da sua rotina são triviais? O que ficará na memória do público uma semana depois? Algo especial acontece em todo truque mágico. Encontre-o. Enfatize-o. Por que eu deveria gastar um momento da minha vida assistindo você?

4 - Controle cada momento. Seja o super-homem em frente da sua audiência. Você não pode deixar as mentes da sua audiência divagar.

5 - Elimine seus pontos fracos. Lembre-se de que tudo que você faz em frente de uma audiência, aumenta o entretenimento ou diminui. Deve haver um propósito em cada momento.

6 - Construa um clímax. Invista um tempo extra, esforço e criatividade em entregar um absoluto e poderoso final.


Além disso: Como escolher um material e desenvolver um ato, como fazer a transição de uma mágica para outra em uma rotina, e mais.

Por causa dos grandes nomes do Mentalismo, criei o hábito de escrever roteiros das minhas rotinas, mas nunca havia realmente entendido o porquê. Eu estava fazendo essa parte certa, mas não sabia como funcionava. Weber explica com detalhes os porquês de se escrever um roteiro.

Como se tivéssemos um diretor ao nosso lado, Ken Weber explica como devemos testar um som no palco, como trabalhar as luzes, e um capítulo inteiro só sobre piadas: o que é bom e o que não é bom. Passa por detalhes de todos os tipos de apresentações e suas particularidades.

Após a leitura deste livro, sua apresentação nunca mais será a mesma. Recomendo.

Autor: Ken Weber
Páginas: 251
Língua: Inglês

Este review foi publicado anteriormente na edição 01 do Jornal da Academia Brasiliense de Mágica.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Efeito Forer (ou Efeito Barnum)

Assista ao vídeo primeiro!!!



O Efeito Forer (também chamado de Efeito Barnum) é na observação de que indivíduos fazem avaliações de alta precisão para as descrições de uma personalidade, que supostamente são adaptados especificamente para eles, mas estão de fato de um modo vago e geral suficientes para se aplicar a uma ampla gama de pessoas. Este efeito pode fornecer uma explicação parcial para a aceitação generalizada de algumas crenças e práticas.

Um fenômeno relacionado, e mais geral, é a da validação subjetiva. A validação subjetiva ocorre quando dois eventos não relacionados ou mesmo aleatórios são percebidos como co-relacionados: seja por causa de uma crença, expectativa, ou hipótese. Assim, as pessoas buscam uma correspondência entre a percepção de sua personalidade e do conteúdo de um horóscopo (por exemplo).


Em 1948, o psicólogo Bertram R. Forer fez um teste de personalidade aos seus alunos. Ele disse aos seus alunos que estavam, cada um, recebendo uma análise de sua personalidade. A cada aluno foi pedido que fizesse uma avaliação em uma escala de 0 (muito ruim) a 5 (excelente) sobre a forma como a análise de personalidade se encaixava com o aluno. Na realidade, cada um recebeu a mesma análise:

"Você tem uma grande necessidade de que outras pessoas gostem de você e o admirem. Você tem uma tendência a ser muito crítico consigo mesmo. 
Você tem uma grande capacidade não usada que você não colocou a seu favor. Embora tenha algumas fraquezas de personalidade, você geralmente é capaz de compensá-las. 
Apesar de disciplinado e auto-controlado, você tende a ser preocupado e inseguro interiormente. Às vezes você tem sérias dúvidas quanto ao facto de ter tomado a decisão correta ou se fez a coisa certa. 
Você prefere uma certa mudança, e fica insatisfeito quando é cercado por restrições e limitações. Você se orgulha de ser um pensador independente e não aceita afirmações de outros sem provas satisfatórias. 
Você achou prudente ser excessivamente sincero ao se abrir para os outros. Às vezes você é extrovertido, afável e sociável, embora às vezes seja introvertido, cauteloso, reservado. 
Algumas das suas aspirações tendem a ser bem irrealistas. Segurança é um dos seus principais objetivos na vida. "

Em média, o índice foi de 4,26 (acerto elevadíssimo). Somente depois da avaliação, foi revelado que cada aluno havia recebido uma cópia idêntica do horóscopo montado por Forer. Como pode ser visto a partir do perfil, há uma série de declarações que poderia ser aplicável igualmente a qualquer um. Estas declarações ficaram mais tarde conhecidas como Declarações Barnum, depois de P.T. Barnum encontrar variáveis ​​que influenciam o efeito.

Estudos descobriram que os indivíduos fazem avaliações com maior precisão se o seguinte for verdadeiro:

  • O sujeito acredita que a análise só se aplica a ele ou a ela.
  • O sujeito acredita na autoridade do avaliador.
  • A análise feita é formada principalmente por listas de traços positivos.

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Um Show de Equilíbrio


Algumas vezes só acreditamos que algumas coisas são possíveis quando vemos outro homem fazendo em nossa frente. Este é um dos conceitos de Herói. Linda apresentação: um momento mágico.

Obrigado pela contribuição, Ana Kátia.

Repórter da BBC testa aparelho que amplifica 'poder da mente'


"A repórter da BBC Katia Moskvitch testou, no laboratório de Tecnologias Emergentes da empresa IBM em Winchester, na Inglaterra, um aparelho que interpreta sinais do cérebro para mover objetos.

Conectado a uma tela de computador que exibe um cubo vermelho flutuante, o sistema pode ser treinado para aprender a associar padrões de pensamento específicos com movimentos.

O inventor responsável pelos testes, Ed Jellard, explica que durante a fase de treinamento, a repórter tem que pensar em nada por alguns momentos, para que o computador saiba como é seu cérebro quando ela não tem pensamentos.

Em seguida, é preciso registrar em um programa de computador, um a um, diferentes comandos pensados por ela para mover o cubo na tela.

Durante os testes, a repórter consegue controlar até mesmo os movimentos de um carrinho de brinquedo utilizando somente seus pensamentos.

Mas tecnologia, criada inicialmente para a indústria de videogames, ainda tem um longo caminho a percorrer, segundo Ed Jellard, antes de poder ser usada em situações complexas.

Controle do ambiente

O aparelho foi criado pela companhia australiana Emotiv, mas a IBM criou o software que permitiu conectá-lo a dispositivos como um carro de brinquedo, um interruptor de luz e uma televisão.

Os sinais de controle chegam ao sistema por meio de medições da atividade cerebral e leituras de impulsos nervosos enquanto eles viajam em direção aos músculos.

A equipe de cientistas já conseguiu utilizar a tecnologia para ajudar um paciente que sofre de Síndrome do Enclausuramento após um infarto.

A síndrome é uma condição neurológica que deixa o indivíduo paralisado, apesar de consciente.

Depois de treinar o dispositivo com a ajuda de pesquisadores, o paciente é capaz de apagar e acender luzes, mudar a música e a temperatura do ambiente onde está."


Fonte: BBC Brasil

domingo, 9 de outubro de 2011

Efeito Pigmaleão


Segundo Ovídio, Pigmaleão era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Na verdade ele havia decidido viver em celibato na Ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs. A deusa Afrodite, apiedando-se dele e atendendo a um pedido seu, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés da que Pigmaleão esculpira, em beleza e pudor, transformou a estátua numa mulher de carne e osso, com quem Pigmaleão casou-se e, nove meses depois, teve uma filha chamada Pafos, que deu nome à ilha.

O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas.

Em Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmaleão ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.

O efeito Pigmalião foi assim nomeado por Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, destacados psicólogos americanos, que realizaram um importante estudo sobre como as expectativas dos professores afetam o desempenho dos alunos. Segundo os autores, professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes devem obter melhores resultados; inversamente, professores que não têm apreço por seus alunos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho dos educandos.

Fenômeno semelhante foi estudado por Robert K. Merton, que o chamou profecia auto-realizável, porque quem faz a profecia é, na verdade, quem a faz acontecer.

Na gestão, a profecia auto-realizável foi apresentada em célebre estudo de Douglas McGregor, na década de 1960, que mostrou que a expectativa dos gerentes afeta o desempenho dos empregados: quando o gerente espera coisas positivas deles, essas tendem a vir; quando tem expectativas negativas, elas provavelmente também serão confirmadas.

Em termos práticos, se alguém vê o outro como "difícil", não-colaborador ou mesmo como "inimigo", tende a agir como se o outro realmente fosse assim, levando-o a fechar-se para a colaboração e a tornar-se parecido com a imagem criada. Portanto, segundo McGregor: Quem tem expectativas ruins sobre os outros, não acredita neles ou não vê suas qualidades, costuma colher o pior dessas pessoas; já quem tem expectativas positivas, tende a obter o melhor de cada uma delas. mentalismo mágica mentalista entretenimento adulto
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