Leonardo Martins - Mentalista

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MythBusters - Hipnose para ajudar a memória

A Hipnose pode ajudar na resolução de um crime?
É isso que os MythBusters vão colocar à prova.



Neste rápido quadro de apenas 4 minutos e meio, os Mythbusters contratam 2 atores para interpretar uma discussão.

Seus 3 ajudantes vêem a cena e depois passam por um rápido teste de memória.

Então, um hipnólogo põe os 3 em estado hipnótico e faz as mesmas perguntas.

O resultado você vê no vídeo acima.

Para conhecer um pouco mais sobre a técnica - Trabalho sobre Hipnose
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Quando as palavras dizem uma coisa e o corpo outra

Em 1905, Freud escreveu: "Nenhum mortal pode manter um segredo. Se os seus lábios estão em silêncio, seus dedos irão murmurar. A traição irá emanar dele por todos os poros".



Abaixo, dois exemplos de pessoas dizendo com palavras uma coisa, e o seu corpo dizendo o oposto:


O Presidente Francês negou que a França esteja em recessão e com a cabeça diz que sim à recessão . ( a partir dos 2 segundos )


Júlio Magalhães pergunta a Passos Coelho " Fernando Seara é um bom candidato para Câmara de Lisboa ?" Passos Coelho responde " Fernando Seara podia ser um óptimo Candidato !!!", mas acena com a cabeça que não (aos 23 segundos).


Fonte: Segredos da Linguagem Corporal
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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Apresentação no La Esquina - 08 de janeiro

Neste show que apresentarei no La Esquina, usarei sugestão, psicologia aplicada, e mágica clássica para criar um ambiente vitoriano.



Dia 08 de Janeiro às 20:30h.
no La Esquina Teatro Bar


 --- Mágica sofisticada para público adulto ---

Entrada: R$ 15,00

Site do Artista:
http://leonardomartins.net/

Site do Local:
http://www.laesquina.com.br/ 
Av. Mem de Sá, 82 Lapa,
Rio de Janeiro, RJ.
 (21) 2507-3414 ou (21) 2507-3435


Show de mentalismo - mágica da Era Victoriana.

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Atitudes Positivas ajudam na prevenção e na recuperação de doenças

A ciência afirma, quando o assunto é saúde: enfrentar situações difíceis com atitudes positivas ajuda na prevenção e na recuperação de doenças



Por Eulina Oliveira e Lilian Hirata
Para Revista Viva Saúde

Você deve estar pensando: "já vi esse filme antes". Provavelmente. Até porque, em tempos modernos, todo mundo valoriza a importância do otimismo, por esse ou aquele motivo. Mensagens positivas estão por toda parte, em livros, CDs, palestras, outdoors. Até mesmo o Facebook, maior site de relacionamento do mundo, mantém várias comunidades sobre o assunto. Essas pessoas acreditam que agindo dessa maneira irão atrair mais dinheiro, imóveis, carros, amigos, melhores posições sociais, ou seja, coisas boas. Até aí nenhum problema. No entanto, quando a questão chega à área da saúde, uma pertinente discussão surge: afinal, será que para garantir uma excelente condição física, mental e emocional, manter o pensamento positivo, mentalizar a melhora do próprio estado de saúde ou desejar ardentemente que uma doença desapareça são estratégias que produzem efeito?

Certamente os especialistas vão dizer que não. Ficar parado imaginando-se curado de um câncer, definitivamente, não é a terapia ideal. No entanto, estudos científicos sérios, realizados em diversos países, comprovam que uma atitude positiva diante de uma doença é um forte aliado para a melhora geral do indivíduo. Mas por que isso acontece ainda não se sabe. É unânime a conclusão de que a pessoa que encara com otimismo uma situação de doença tem mais disposição para seguir o tratamento proposto pelo médico, de cuidar melhor de si mesma e tomar decisões que favoreçam o seu bem-estar.

O que acontece quando você pensa de maneira positiva:
  • É promovida a liberação de neurotransmissores como a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar.
  • O sistema imunológico fica mais resistente às infecções.
  • A administração de situações difíceis é mais fácil, como uma eventual doença ou a perda de um ente querido.
  • Há um estímulo para que a pessoa passe a se cuidar mais.
  • Você acaba contagiando e confortando outras pessoas, ajudando-as a se recuperarem.

Na prática


Há três anos, pesando 163 kg, o administrador de empresas Douglas Braga, de Niterói (RJ), decidiu emagrecer sem recorrer aos medicamentos nem à cirurgia de redução do estômago. Ele perdeu 47 quilos. Como? "Além de fazer dieta, usei, e ainda uso, o pensamento positivo para eliminar peso", afirma Douglas, de 41 anos, que pretende enxugar mais 20 quilos. Esse é o tipo de depoimento que não convence a classe médica. Principalmente porque a obesidade já virou problema de saúde pública. Além disso, a maioria das pessoas sente dificuldade em atingir seu peso ideal, mesmo com os mais modernos tratamentos disponíveis. Os especialistas também apontam pa ra o fato de que Douglas não ficou esperando seu objetivo cair do céu. Ele também se submeteu a uma reformulação em sua dieta alimentar, o que é fundamental nesse caso.

Assim como o administrador de empresas, muitas pessoas acreditam que a recuperação de alguma doença se deve ao otimismo, à esperança ou à fé (como você quiser chamar esse tipo de atitude). No entanto, a ciência também dá o devido crédito ao pensamento positivo. "Um indivíduo autoconfiante, centrado, seguro e com boa auto-estima, não entra em depressão por conta de uma enfermidade", explica o médico psiquiatra José Toufic Thomé, coordenador do Departamento de Psicoterapia da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O especialista lembra que vários estudos publicados pela literatura médica comprovam que um bom humor incentiva a liberação da substância serotonina e de outros neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar. "Desta forma, a pessoa fica mais motivada para buscar o que quer, inclusive lidando melhor com as dificuldades que uma doença pode proporcionar", explica o psiquiatra. "Quando o paciente acredita na cura e a deseja de verdade, vai usar todos os seus esforços de maneira consciente ou inconsciente para conseguir esse objetivo", afirma Plínio Montagna, diretor-científico da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

Segundo o psicanalista, "estados mentais positivos estimulam o sistema imunológico. Por outro lado, a atitude negativa pode diminuir o poder de defesa do organismo". A explicação é a de que o otimismo e a alegria inibem a produção de hormônios como a adrenalina que, em excesso, baixam essas defesas e ainda podem elevar a pressão arterial, o que favorece os problemas cardiovasculares.

Os especialistas acreditam que um indivíduo autoconfiante, seguro, com boa auto-estima, não entra em depressão por conta de uma enfermidade. Entretanto, o pensamento mágico, que beira a superstição, pode levar a frustrações.


Pés no chão


Os especialistas alertam que não basta apenas a pessoa acreditar que vai superar algum problema de saúde. É preciso agir e encarar a realidade como ela é. "O pensamento mágico, que beira a superstição, de que o poder das idéias determina todos os fatos ao redor do mundo, pode levar a frustrações", afirma o psicólogo Alberto Olavo Advincula Reis, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

"O pensamento positivo faz bem, mas não se pode negar a existência da doença", explica o psicólogo. "Há quem deixe de procurar tratamento adequado à espera de um milagre", revela. Ou seja, embora o estado psíquico do paciente seja importante, nada substitui o tratamento. "É fato, porém, que a doença não atinge somente a parte biológica, mas também a psicológica e a social", explica.

Questão de genética


As pessoas são geneticamente pre dispostas ao otimismo ou ao pessimismo, afirma o psiquiatra José Toufic Thomé. "Elas são capazes, inclusive, de vivenciar situações positivas, mesmo que as coisas estejam complicadas", esclarece. O fator ambiente, porém, também influencia na personalidade. O médico explica que, para encarar a vida de maneira positiva, o indivíduo, primeiro, tem de estar equilibrado emocionalmente e de bem consigo mesmo. Já pessoas que não se relacionam com outras estão mais sujeitas à depressão, o que compromete mais ainda a doença.

O psiquiatra Plinio Montagna também concorda que o otimismo é inato, mas também pode ser "desenvolvido, treinado, aprimorado e fortalecido". Muitos, por exemplo, buscam esperança e conforto emocional na religião. Outros procuram auxílio psicoterapêutico ou até mesmo se inspiram em livros de auto-ajuda.

Vida melhor e mais longa


Sabe aquela história de que quanto mais você sorri, mais irá viver? Pois é, não é balela. Pelo menos de acordo com uma pesquisa que mostrou que idosos que têm uma visão positiva do envelhecimento vivem, em média, 7,6 anos a mais do que aqueles que têm percepções negativas sobre o mesmo processo. A conclusão foi fruto de um levantamento, feito na década de 70, que pediu aos entrevistados que contassem como se sentiam em relação ao próprio envelhecimento. Após 23 anos, os pesquisadores cruzaram essas respostas com as atuais, respondidas pelos mesmos voluntários. Esse estudo, conduzido pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, acompanhou 660 pessoas do Estado de Ohio, que estavam, após o período de duas décadas, com a idade mínima de 50 anos.

Baseado nesse e em outros resultados, a psicóloga e coordenadora do estudo, Becca Levy, acredita que, na teoria, o sentimento das pessoas em relação à velhice seria até mesmo mais importante do que controlar a pressão e o colesterol, o que garante apenas quatro anos a mais de vida. Já o peso dentro do ideal e os exercícios físicos acrescentariam entre um ano e três anos de vida aos mais velhos.

Uma outra pesquisa realizada pelo Instituto Delfland de Saúde Mental, na Holanda, concluiu que pessoas otimistas correm menos riscos de morrer de doenças cardiovasculares ou derrame cerebral do que os pessimistas.

O estudo acompanhou, por 15 anos, um grupo com 545 homens. Eles tiveram que responder a questionários, inclusive para determinar se teriam uma visão positiva da vida. Aqueles que foram classificados como otimistas tinham 55% menos chances de morrer de doenças cardíacas ou derrame, inclusive considerando-se fatores importantes como fumo e histórico familiar.

Outro ponto importante que os especialistas não se cansam de mencionar é: comparados aos pessimistas, constatou-se que aqueles que têm uma visão positiva da vida tendem a praticar mais atividades físicas. Conseqüentemente, os resultados se refletem na saúde e na qualidade de vida. Disso, ninguém duvida...

Fonte: Viva Saúde
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Café 22: Tópicos em História da Mágica 2

Um delicioso encontro no Café 22: A proposta do evento é passar uma tarde agradável com um grupo de amigos cujos membros realizam palestras de 15 minutos nas quais falamos sobre nossas paixões. 








Em minha rápida exposição, contei sobre o início do espiritualismo moderno provocado pelas Irmãs Fox, o show espiritual dos Irmãos Davenport (Spirit Cabinet), e o envolvimento de Sir Arthur Conan Doyle (criador do Sherlock Holmes) em uma verdadeira investigação sobre aparição de Fadas.



Slides da apresentação:



Apresentação Anterior no Café 22: Tópicos em História da Mágica 1

Posts Diretamente Relacionados:
As Irmãs Fox - O início das sessões espirituais
Spirit Cabinet
Conan Doyle e as fadas
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sábado, 22 de dezembro de 2012

Como ler a linguagem corporal de Negócios como um Profissional

Dicas de linguagem corporal ocorrem no que é chamado de um "cluster" - um grupo de movimentos, posturas e ações que reforçam um ponto comum. Um gesto simples pode ter vários significados, ou não significar nada.


Por Carol Kinsey Goman
Para Forbes

Você acabou de terminar sua apresentação, e percebe que seu chefe cruzou os braços sobre o peito. Sua sensação é que ele é resistente às suas idéias.

Você pede a uma colega para vir a sua reunião, e ela sorri em resposta. Você sabe que ela está feliz em participar.

Você está negociando com um fornecedor cuja expressão de perplexidade é congruente com sua declaração de que ele não percebeu que a cláusula estava no contrato. Você assume que ele está sendo honesto.

Você pode estar certo.

Ou você pode estar cometendo um erro comum sobre linguagem do corpo e lendo muito em um sinal não-verbal.

Dicas de linguagem corporal ocorrem no que é chamado de um "cluster" - um grupo de movimentos, posturas e ações que reforçam um ponto comum. Um gesto simples pode ter vários significados, ou não significar nada.

Prós linguagem corporal sabem que o comportamento geral de uma pessoa é muito mais revelador do que qualquer gesto único. A dica de leitura da linguagem corporal como um profissional é notar o primeiro sinal, mas esperar para confirmar com pistas antes de atribuir significado ao que você vê.

Seu chefe pode cruzar os braços por várias razões, mas quando o gesto é acoplado com uma careta, e se ele se afasta ou gira seu torso para longe de você, você tem um quadro composto e reforço a concluir que ele é resistente ao que você acaba de propor.

Um sorriso é a expressão mais usada para mascarar outras exposições emocionais (raiva, surpresa, nojo e desprezo), de modo que a vontade do seu colega para participar da reunião é mais convincente se ela também acena com a cabeça e se inclina ligeiramente para você.

O fornecedor é mais provável que ele esteja sendo sincero se a sua expressão facial é acoplada com as mãos abertas na altura do peito, palmas para cima, e os ombros ligeiramente levantados.

Tente isto: Conte até três. Ou seja, abster-se de assumir que qualquer gesto tem um significado particular até ver dois gestos corroborando que reforçam essa mesma mensagem.

Fonte: Forbes
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Pensar cansa. Mesmo!

Cientistas provam que cansaço mental não é desculpa de gente preguiçosa


Super Interessante

Sabe quando você está estudando ou trabalhando e precisa dar uma paradinha para descansar? Não se sinta culpado. Existe uma explicação científica para isso.

A psicóloga Katlen Vohs, da Universidade de Minnesota, chamou dois grupos de estudantes para uma série de testes de raciocínio – como prêmio, ambos iriam ganhar um pequeno brinde. Só que o segundo grupo teve o privilégio de escolher esse brinde num catálogo, antes de começar.

Parece uma bobagem, mas causou efeitos profundos: os voluntários do segundo grupo cometeram mais erros e desistiram mais rápido. Tudo porque, segundo uma nova teoria, o cérebro tem uma capacidade limitada de tomar decisões, que vai sendo gasta ao longo do dia – até chegar a um ponto em que a mente precisa parar, e ficar em repouso, para recuperar o desempenho original. É a mesma coisa que acontece com os músculos durante um exercício físico. “Ainda não sabemos dizer qual parte do cérebro se cansa, nem quanto tempo ele pode pensar antes de se cansar”, diz o psicólogo Natham Novemsky, da Universidade Yale.

Mas os cientistas já descobriram algumas coisas que aumentam a resistência da cachola. E ter um cérebro malhado também pode ajudar a evitar situações embaraçosas. Durante os testes, os pesquisadores prepararam um suco bem ruim, com gotas de vinagre, e o deixaram em cima da mesa enquanto entrevistavam os voluntários. As pessoas que foram expostas a situações de cansaço mental beberam mais – com a mente exausta, nem prestaram atenção no que estavam tomando.

3 dicas para dar mais fôlego ao seu cérebro

1. Coma sem culpa

Cientistas americanos descobriram que, quando as pessoas não comem o que querem (para fazer dieta, por exemplo), o cérebro fica frustrado – e desiste 50% mais rápido de tarefas difíceis.

2. Solte as emoções

Dois grupos de voluntários foram chamados para assistir a uma comédia – e depois fizeram uma prova de inglês. O grupo que foi proibido de rir teve um desempenho 33% pior.

3. Acredite no seu taco

Pessoas mais auto-confiantes, que tomam decisões mais rápido, conseguem pensar por até 40% mais tempo.

(Matéria da revista “Super Interessante” – dezembro/2008)

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mentalista usa hipnose em campanha da Diesel

O Mentalista Anthony Jacquin foi contrado para fazer uma campanha da Diesel. Sua misão: transformar modelos em crianças de 5 anos através da hipnose.


Feriados são uma grande oportunidade para marcas de moda fazerem algumas coisas interessantes para promover os seus produtos, mas a Diesel (em uma espécie de movimento que lembra nossos tempos de infância) vai para o reino dos céus com esta campanha on-line hipnotizante. Um elenco de modelos que foram transformados aos cinco anos de idade através de o poder da hipnotise.

A marca trabalhou com a agência de Amsterdã SuperHeroes. A idéia foi transformar os modelos em criancinhas deslumbradas com uma pilha de presentes da nova série da Diesel.


Anthony Jacquin, na minha opnião, é um dos 10 melhores mentalistas do mundo, e muito gente boa como pessoa. O resultado do seu trabalho nesta campanha pode ser visto no vídeo abaixo.


Confira outros episódios desta campanha em: Diesel
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Daniel Kahneman - O enigma da experiência x memória


Com exemplos que vão desde férias até colonoscopias, o vencedor do prêmio Nobel e fundador da economia comportamental Daniel Kahneman revela como nossas duas individualidades, o "eu da experiência" e o "eu das lembranças" percebem a felicidade de forma diferente.



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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tetraplégica controla braço robótico com a mente de 'forma inédita'

Um braço robótico já pode ser controlado pelo pensamento de forma "sem precedentes", de acordo com um estudo publicado pela revista médica The Lancet.


Por James Gallagher
Para BBC News

Jan Scheuermann, de 53 anos, paralisada do pescoço para baixo, foi capaz de mover com destreza um braço mecânico, segurando objetos como se eles fossem movidos por sua própria mão biológica.

Implantes cerebrais foram usados na paciente para controlar o braço robótico, e o resultado foi avaliado por especialistas como "uma conquista extraordinária". Jan foi diagnosticada com degeneração espinocerebelar 13 anos atrás e foi perdendo o controle de seu corpo progressivamente. Ela não consegue mais mover seus braços e pernas.

Ela recebeu o implante de dois sensores - cada um de 4mm x 4mm - no córtex do cérebro. Uma centena de pequenas agulhas em cada sensor percebe a atividade elétrica de 200 células cerebrais.

Comandos


Os neurônios se comunicam entre si através de pulsos, diz o professor Andrew Schwart, da Universidade de Pittsburgh.

Essas vibrações elétricas no cérebro são então traduzidas em comandos para mover o braço - dobrar na altura do cotovelo, rotar e agarrar um objeto, por exemplo.

Jan foi capaz de controlar o braço logo no segundo dia de treinamento; ao longo de 14 semanas, foi aperfeiçoando essa habilidade.

Segundo o estudo médico, ela adquiriu "coordenação, habilidade e velocidade quase similares às de uma pessoa de corpo não deficiente".

Schwartz contou à BBC que movimentos tão precisos nunca haviam sido observados antes.

"São (movimentos) fluidos e muito melhores do que o que se havia demonstrado antes", afirmou. "Acho que isso é uma prova convincente de que essa tecnologia (se converterá em uma terapia) para pessoas com lesões na espinha dorsal."

Para Schwartz, a nova tecnologia já permite que essas pessoas realizem tarefas diárias.

Tecnologia em casa


As técnicas que apostam no poder de um cérebro saudável para superar um corpo danificado têm avançado rapidamente.

No início deste ano, um estudo apontou que uma mulher conseguiu usar um braço robótico para servir-se de uma bebida pela primeira vez em 15 anos desde que sofreu um derrame.

Nos dois estudos, porém, os resultados foram obtidos em laboratório - ou seja, a tecnologia ainda não foi aplicada em suas casas.

Agora, pesquisadores tentam acoplar o braço mecânico à cadeira de rodas de Jan, para que ela possa usá-lo em sua vida cotidiana.

Também há tentativas de dar sensações ao membro artificial, para que seu portador volte a experimentar o sentido de toque.

Para os pesquisadores Gregoire Courtine, Silvesto Micera, Jack DiGiovanna e José del Millan, o controle do braço retratado no estudo é uma conquista "tecnológica e biomédica incrível".

Eles acrescentam que tecnologia do membro mecânico está chegando perto do ponto em que "poderá, em breve, se tornar um modelo revolucionário de tratamento" para portadores de paralisias.

Fonte: BBC Brasil

Para quem quiser saber mais: abaixo, vídeo (em Inglês de 9:16 minutos)



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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ciência e ioga mostram elo entre postura e hormônios

O efeito poderoso das posturas observado na pesquisa de Amy Cuddy pode ser explicado pela neuroendocrinologia – ciência que estuda a relação entre os sistemas nervoso e endócrino.


Folhapress

“Essa conexão começa com a percepção física do corpo no espaço, que manda estímulos nervosos ao hipotálamo, região do cérebro que regula a hipófise, espécie de gerente-geral de todo o sistema hormonal”, explica Fabio dos Santos, cardiologista especializado em medicina integrativa em Harvard.

Isso, segundo o médico, referenda a influência da postura nos níveis hormonais que, por sua vez, estão ligados a emoções primárias, como medo, e a impulsos básicos, como lutar ou fugir.

“O que me surpreendeu no estudo foi a rapidez com que a postura produziu efeitos nesse sistema”, diz Santos.

Mesmo que o experimento tenha provado um efeito hormonal rápido, nada garante que ele perdure, segundo o psicólogo Fernando Elias José, mestre em cognição pela PUC do Rio Grande do Sul. “Pode funcionar momentaneamente, mas usar só a postura é pouco para uma mudança comportamental.”

Para o psicólogo, as evidências da pesquisa são frágeis: “O número de participantes é pequeno e as reações a desafios, em um experimento, não são iguais às reações em uma situação real, como uma entrevista de emprego”.

Também faltou isolar variáveis que podem ter influenciado o resultado, como o fato de o participante praticar ou não atividades físicas, acrescenta Fabio dos Santos.

SUPER-HOMEM DEMAIS Para adeptos da ioga, a relação entre posturas e mudanças hormonais não é surpreendente.

“A ioga mexe com áreas do corpo ligadas a determinadas redes de nervos que, quando estimulados, mandam impulsos para as glândulas produzirem mais ou menos hormônios”, afirma o biólogo e professor de ioga Anderson Allegro, da Aruna Yoga.

A ioga usa tanto posturas de extroversão quanto de introversão. “Ficar super-homem demais também não é legal”, diz Allegro.

As diferenças não param por aí. Na pesquisa americana, a mudança interior ocorre após meros dois minutos na posição de poder, enquanto na ioga as transformações de comportamento são percebidas após um bom tempo de prática contínua.

A neurociência também tem estudado a relação entre corpo, emoções, cognição e comportamentos.

“O António Damásio [neurocientista português] tem essa descrição da postura do vencedor que foi usada na pesquisa: peito aberto, cabeça para cima”, conta a terapeuta corporal Lucia Merlino, que estuda os conceitos de consciência e imagem corporal de Damásio para o seu doutorado sobre comunicação e ensino do movimento.

Para ela, a mudança interior acontece quando a pessoa chega a uma organização melhor do corpo e consegue adaptar suas posturas às demandas da vida, na interação com as outras pessoas.

“Você pode até querer ficar na postura de vencedor, mas às vezes é impossível fazer isso por causa de limitações do próprio corpo. Nesse caso, é preciso antes aprender a se soltar, ganhar amplitude”, diz Merlino. (Iara Biderman)


Se você faz a pose, mesmo fingindo ganha poder

A psicóloga Amy Cuddy, 40, ensina liderança e negociação na Harvard Business School (EUA). E estuda o aspecto menos óbvio das relações profissionais: a comunicação não verbal. Cuddy pesquisa como a linguagem corporal afeta a carreira e investiga de que forma as posturas podem causar mudanças comportamentais e fisiológicas profundas. A psicóloga, que atualmente estuda a relação entre liderança e níveis de cortisol, fala sobre seu trabalho nesta entrevista à Folha.

Por que a sra. resolveu investigar posturas de poder?
Observando meus alunos percebi uma relação entre as posturas e sua participação nas aulas. Os que mostravam poses poderosas participavam mais e tinham melhores notas. Resolvi testar se o desempenho dos alunos mais retraídos poderia ser influenciado por meio das posturas corporais.

Qual é a relação entre posturas e hormônios?
Estudos mostram que quem assume a liderança de um grupo muda seu perfil hormonal: produz mais testosterona e menos cortisol. Sabemos que esses hormônios mudam conforme situações exteriores: se você fica parado no trânsito, o cortisol sobe; se você vai competir, a testosterona aumenta, mas, se perder, os níveis desse hormônio baixam. Nessas situações, as posturas corporais também são afetadas. Resolvemos pesquisar se o caminho inverso era possível: usar a organização do corpo para mudar as reações fisiológicas e comportamentais às situações estressantes.

Há diferenças para homens e mulheres ou para pessoas de diferentes meios sociais? 
Na pesquisa, o efeito hormonal foi o mesmo para ambos os sexos e pessoas de diferentes etnias, mas os participantes ficavam sozinhos em uma sala enquanto faziam as poses. É possível que ocorram diferenças quando há interação com outras pessoas, porque temos normas sociais sobre as posturas apropriadas para homens, mulheres, jovens, subalternos.

Por que o efeito permanece depois que a pessoa deixou de fazer a postura de poder? 
Se a pessoa enfrenta um desafio se sentindo confiante e relaxada, passa a mensagem de que tem poder. Os outros percebem a força e reforçam a sensação de confiança, o que sustenta o nível hormonal.

Em quais situações as mudanças posturais podem ser úteis?
Em entrevistas de trabalho, quando é preciso falar em público ou confrontar um superior ou tomar decisões que envolvem riscos. Tenho recebido mensagens de pessoas que mostram como as aplicações são amplas: desde professores que precisam enfrentar uma classe de alunos muito agressivos até uma idosa que vai a uma consulta e tem medo de fazer perguntas ao médico.

A sra. se considera uma pessoa poderosa?
Tenho autoconfiança, mas nem sempre foi assim. No começo da carreira, fingia estar confiante. Se você faz pose de poderosa, mesmo fingindo, ganha esse poder de verdade.

Fonte: Regional.net

Post relacionado: Amy Cuddy: Sua linguagem corporal molda quem você é
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domingo, 16 de dezembro de 2012

Apresentação do Leonardo Martins no MIR 2012

Apresentação no Magic in Rio 2012, Teatro Max Nunes





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sábado, 15 de dezembro de 2012

Apollo Robbins irá roubar sua carteira

Apolo Robins irá roubar a sua carteira: uma conversa com o maior batedor de carteira do mundo

Por Chetan Nandakumar
Para Mental Floss

Apollo Robbins é bom em roubar coisas. Durante anos, este pickpocket de renome tem entretido platéias de Vegas roubando seus corações, geralmente roubando seus relógios e clips de dinheiro. Mas tudo mudou para Apollo depois que ele escolheu o bolso de um dos agentes do serviço secreto de Jimmy Carter durante um de seus shows. Sentei-me com Robbins para falar sobre a arte do pungismo, sua vida após Vegas, e por que ele permite que ciganos roubem coisas dele.

Como você entrou nesse negócio de pickpocketing?
Meus meio-irmãos estavam envolvidos com o crime. Mas eu era jovem demais para participar. Eu também tinha certas deficiências que impediram-me [de entrar em]: como minhas pernas arqueadas. Quando me tornei adolescente, eu corri para um amigo em uma loja de mágica que me colocou sob sua proteção. Eu comecei a ler sobre teoria da mágica e imediatamente misturei com aquilo que meus irmãos tinham me mostrado.

Seu estilo de pungismo é baseada em mágica?
Eu apliquei a minha mágica de maneira invasiva, que surpreende as pessoas. Existem dois tipos de mágica. Se você pensar nisso como artes marciais: não há disputa, onde você está fazendo isso com um parceiro e o outro é kata, onde você está fazendo uma exposição para o público. Muitas vezes, ilusões ou jogos de mágica são concebidos como uma exposição para o público assistir, mas o estilo que eu faço com o pickpocketing é diretamente interativo. Então eu usei essa idéia na construição do meu ato de pickpocket em Las Vegas.

Você mencionou uma história sobre um homem do serviço secreto de Jimmy Carter. Como foi roubar um guarda-costas do presidente em sua grande chance?
Meu show é parte variedades, parte mágica, então eu trouxe as pessoas para o palco. Eu roubo todas as suas coisas e dou de volta para eles. Mas há 7 ou 8 anos atrás, eu pickpocketing um dos agentes do serviço secreto de Jimmy Carter. Depois disso, fui abordado [como consultor] para os departamentos de polícia indivíduos de segurança. Eu comecei a visitar prisões, e eu comecei a aprender o conjunto de pensamentos e habilidades de ladrões reais.

Então, há uma diferença na forma como os ladrões e mágicos escolhem bolsos?
O pensamento é o mesmo. Mas você está em um contexto diferente que vem de um lugar diferente. Para um ladrão de rua, a prioridade, mais do que destreza ou  dedos ágeis, é ser capaz de monitorar onde a atenção de alguém está. É fascinante. Eles não tentam manipular a atenção [como um mágico faz], porque eles não querem ser memoráveis. Mas eles querem saber onde está a atenção de alguém. Se uma pessoa está focada em outro lugar, um ladrão pode colocar a mão inteira dentro [um bolso] e roubar.

E o que dizer de um mágico?
Você tem que acompanhar as respostas que você está recebendo a partir da pessoa que você está trabalhando e ajustar a sua performance. Da mesma forma que um diretor de cinema usa uma lente de câmera para desfocar um determinado item ou usa um foco de luz, uso de certos movimentos que atraem os olhos instintivamente.

Então, quais são os truques que um pockpocket de sucesso vai usar? 
Se você manter contato com os olhos quando você se aproxima de alguém e vai para o seu lado, a pessoa vai ficar muito focada em em seu rosto e na parte superior do seu corpo, pois é ameaçador para eles porque você está mantendo contato com os olhos. Mas se você quebrar o contato quando você se aproxima de frente e depois que dá um passo para o seu lado, você pode fazer isso. Se você não quer que eles se concentrem em algo que você está fazendo com as mãos, apenas incline a cabeça em seu espaço pessoal, que vai chamar a sua atenção, e eles vão querer olhar para você. Eu uso isso quando eu estou roubando.

Isso é loucura! É seguro conhecê-lo pessoalmente?
Em geral, sim. [Risos] Isso depende se estou dentro ou fora do tempo!

Qualquer outro truque profissional que você não se importe em partilhar?
Meu negócio é basicamente um negócio de pressupostos falsos - Eu crio premissas que parecem realidade e tiro proveito delas. Eu digo a alguém que vou tentar roubá-lo e os desafio a me pegar. Então eu vou usar movimentos de mão para criar premissas falsas. Vou colocar minha mão em seu bolso, e quando eu a tiro, eles estão esperando que eu tenha roubado algo. Então eu crio um ardil, movendo minha mão em um semi-círculo. Seus olhos instintivamente seguem o movimento, quase como um gato persegue uma linha que o fascina.

Então, o ardil está no semi-círculo?
Exatamente. Se você mantiver o seu movimento da mão em uma linha reta, a pessoa não vai segui-lo. Eles vão pular para o local final e vão pular de volta para o bolso, e vão pegar o seu outro lado, se você está fazendo alguma coisa. Mas, esse não é o único truque. Se eu vou roubar alguém, eu vou bloquear o que eu estou a ponto de roubar, mas eu espero. Vou usar declarações e situações que criem um diálogo interno para que eles tentem adivinhar. Eles podem dizer: "Eu acho que ele fez isso." E você pode detectar isso. Você desenvolve um sentido de detectar exatamente isso.

E quando eles são capturados neste diálogo interno, e depois?
Quando eles têm o diálogo interior, que suprime os seus sentidos externos, então, estão no modo que não podem sentir quando você está puxando alguma coisa, e eles não podem vê-lo, até mesmo os seus óculos são puxados para a direita fora de seu rosto. Há um batedor de carteiras que se especializou nisto o Bora. Ele remove óculos sem que as pessoas percebam, apesar de seu campo de visãoter mudado.

Isso soa incrível. Então, o pickpocketing ainda é uma arte que as pessoas estão praticando nas ruas?
Definitivamente. Isso é que foi interessante para mim. Você tem equipes organizadas equipes que se tornaram muito comuns nos EUA, especialmente em torno de grandes eventos esportivos - O Super-Bowl, Kentucky Derby, etc. Eu me especializei em pickpocketing na Espanha. Eu só queria sentir a sensação.

Como se sentiu?
Fascinante. Duas senhoras ciganas de fora do Alhambra me mantiveram em uma moldura. Uma senhora estava chegando por dentro com um saco e tirou umas folhas de samambaia e a outra foi travou meu cotovelo e tentou me roubar por trás. Eu os vi fazendo isso com outras pessoas, então eu me posicionei para que eu estivesse em fila para elas.

Então, e agora?
Eu estou trabalhando como consultor em um shows, ensinando-lhes como fazer esses tipos de técnicas na televisão. Eu também trabalho com atores e escritores. Você pode me pegar no istealstuff.


Fonte: Mental Floss

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Como funciona a memória: 10 Coisas que a maioria das pessoas pensam errado

É comum dizer que uma pessoa é a soma de suas memórias. Sua experiência é o que faz você ser quem você é.

Apesar disso, a memória é geralmente mal entendida, e é por isso que muitas pessoas dizem que tem "memória ruim". Isso é em parte porque as analogias que fazemos com um computador não são exatas. A memória humana é muito mais complicada e sutil do que a memória residente em nossos laptops, tablets ou telefones.

Aqui está um guia de 10 pontos para a psicologia da memória (que é baseada em um capítulo do perito em memória da UCLA, professor Robert A. Bjork)



"Se nós lembrássemos de tudo na maioria das vezes, é como se não tivéssemos nos lembrando de nada"
~William James

1. Memória não diminui


Todo mundo já experimentou a frustração de não ser capaz de lembrar um fato de cabeça. Poderia ser o nome de alguém, o termo em Inglês para "prefeitura" ou onde o carro está estacionado.

Assim, parece óbvio que a memória cai, como o fruto em uma árvore. Mas a pesquisa tende a não apoiar este ponto de vista. Em vez disso, muitos pesquisadores acham que, de fato, a memória tem uma capacidade ilimitada. Tudo é armazenado lá, mas, sem ensaio, as memórias tornam-se mais difíceis de acessar. Isto significa que não é a memória que "cai", mas a capacidade de recuperá-la.

Mas onde na terra é o ponto do cérebro que lembra de tudo mas não se lembra mais como acessá-la? Aqui está o porquê:


2. Esquecer ajuda a aprender 


A idéia de que o esquecimento ajuda a aprender parece um contra-senso, mas pense da seguinte maneira: imagine que você criou um cérebro que pode lembrar e recordar tudo. Quando o incrível cérebro tentasse se lembrar onde estacionou o carro, ele imediatamente iria trazer à mente todas os estacionamentos que você já tenha visto, então ele teria que classificar por lote.

Obviamente, o único que interessa é o mais recente. E este é geralmente o caso para a maioria das nossas memórias. Os acontecimentos recentes são geralmente muito mais importantes do que as que aconteceram há muito tempo atrás.

Para fazer o seu cérebro super-rápido e mais útil no mundo real, você teria que construir algum sistema para descontar velhas informações, informações não-úteis. Na verdade, é claro, todos nós temos um desses super-cérebro com um sistema de descarte: chamamos isso de "esquecimento".

É por isso que o esquecimento ajuda a aprender: como a informação menos relevante se torna inacessível, estamos naturalmente deixando a informação que é mais importante para a nossa sobrevivência diária.


3. Memórias "perdidas" podem voltar 


Há um outro lado para o fato das memórias não se deteriorarem. É a idéia de que, embora as memórias possam se tornar menos acessíveis, elas podem ser revividas.

Mesmo as coisas que você por muito tempo não foi capaz de lembrar ainda, estão lá, esperando para serem "acessadas". Experimentos têm mostrado que até mesmo informações que há muito se tornaram inacessíveis ainda podem ser revividas. Na verdade, elas podem ser mais rapidamente re-aprendidas que uma nova informação.

É como o fato de que você nunca esquece como andar de bicicleta, mas não se aplica apenas para as habilidades motoras, também se aplica às memórias.


4. Recordar memórias, as altera


Embora seja fundamental para a memória, a idéia de que a recordação altera memórias parece intuitivamente errado. Como recordando uma memória pode mudar ela?

Bem, só por recordar uma memória, ela torna-se mais forte em comparação a outras memórias. Vamos mostrar isto através de um exemplo. Digamos que você voltou para um aniversário especial da sua infância e se lembra de ter ganhado uma nave espacial de Lego. Cada vez que você lembrar desse fato, as outras coisas que você tem do seu aniversário nesse dia se tornam mais fracas ao serem comparadas.

O processo de recordação, então, é, na verdade, a construção ativa do passado, ou pelo menos as partes de seu passado que você possa se lembrar.

Embora este seja apenas o começo. Falsas memórias podem, potencialmente, serem criadas por este processo de falsamente recordar o passado. Na verdade, os psicólogos têm implantado experimentalmente falsas memórias.

Isto levanta a idéia fascinante que efetivamente nós mesmos criamos, escolhendo quais memórias vamos recordar.


5. A memória é instável 


O fato de que o simples ato de recordar memórias escolhidas já significa que ela é relativamente instável. Mas, as pessoas tendem a pensar que a memória é relativamente estável: esquecemos o que já foi esquecido e por isso achamos que não vamos esquecer, no futuro, o que hoje conhecemos.

Isto significa que os alunos, em particular, subestimam o quanto de esforço será necessário para decorar um material na memória. E eles não são os únicos. Isto leva a ...


6. O viés de previsão


Todos devem ter experimentado isso. Você tem uma idéia que é tão importante que você acha que é impossível que você jamais vá esquecer. Então, você não dá importância em escrevê-lo. Dentro de dez minutos você a esqueceu e nunca mais volta. Vemos a mesma coisa no laboratório.

Em um estudo realizado por Koriat e Bjork (2005), voluntários aprenderam pares de palavras como 'lâmpada', e, em seguida, foram solicitados a estimar quão provável é que elas seriam capazes de responder a 'lâmpada' quando mais tarde for dada a palavra "luz" . Eles apresentaram um grande excesso de confiança e essa é a razão do viés da previsão. Quando eles recebem "luz", mais tarde, todos os tipos de outras coisas vieram à mente, como 'bulbo' ou 'sombra', e a resposta correta não foi tão fácil de lembrar como eles previram.


7. Quando lembrar é fácil, o aprendizado é baixo 


Sentimo-nos inteligentes quando recordamos algo instantaneamente e estúpidos quando demora muito tempo. Mas, em termos de aprendizagem, devemos sentir exatamente o oposto. Quando algo vem à mente rapidamente, ou seja, nós não tivemos trabalho para recuperá-lo, nenhuma aprendizagem ocorre. Quando temos que trabalhar duro para trazê-lo à consciência, algo legal acontece: nós aprendemos.

Quando as memórias das pessoas são testadas, mais trabalho que elas fizeram para construir, ou a re-construir a memória alvo, eventualmente a memória torna-se mais forte. É por isso que técnicas adequadas de aprendizado sempre envolvem testes, porque apenas olhando para a informação não é bom o suficiente: a aprendizagem precisa de recordação esforçada.


8. Aprender depende muito do contexto


Você já reparou que quando você aprende algo em um contexto, como a sala de aula, torna-se difícil lembrar quando há mudanças de contexto?

Isso acontece porque o aprendizado depende muito de como e onde fazer isso: depende de quem está lá, o que está em torno de você e como você aprende.

Acontece que as pessoas a longo prazo aprendem melhor a informação quando elas são expostas a isso de maneiras diferentes e em contextos diferentes. Quando o aprendizado depende muito do conteúdo, ele não é bem transmitido e nem dura tanto ao longo dos anos.

Eu tinha um amigo na Universidade, que jurou que ficar em pé sobre uma cadeira ou contra uma parede ajudava a rever a matéria. Eu costumava rir dele, mas tinha método em sua loucura.


9. Memória, recarregando


Se você quer aprender a jogar tênis, é melhor passar uma semana aprendendo a sacar, a semana seguinte, o forehand, a semana seguinte o backhand, e assim por diante? Ou você deve misturar tudo com saques, forehands e backhands todos os dias?

Acontece que, para retenção de longo prazo, as memórias são mais facilmente lembradas, se o aprendizado for misturado. Isto é verdade tanto para aprendizado motor, como jogar tênis, como para memória declarativa, como qual é a capital da Venezuela (não precisa googlar: é Caracas).

O problema é que esse tipo de aprendizado é pior para começar. Se você praticar seu saque e, em seguida, mudar rapidamente para o forehand, você "esquece" como sacar. Então, você sente que as coisas estão indo pior do que se você apenas praticar o saque repetidamente. Mas, a longo prazo, este tipo de combinação e correspondência-aprendizagem funciona melhor.

Uma explicação do porquê isso funciona é chamado de "hipótese de recarregamento". Cada vez que alternar as tarefas, temos que 'recarregar' a memória. Este processo de recarga, reforça o aprendizado.


10. Aprendizagem está sob o seu controle


O resultado prático desses fatos sobre a memória é que muitas vezes subestimam o quanto temos de controle sobre a nossa própria memória.

Por exemplo, as pessoas tendem a pensar que algumas coisas são, pela sua natureza, mais difícil de aprender, e assim elas desistam. Entretanto, técnicas como o uso de diferentes contextos, alternar entre as tarefas de reconstrução e tarefas extenuantes de memórias podem ajudar a aumentar a retenção.

As pessoas também tendem a pensar que o passado é fixo e não pode ser alterado. Mas, como nos lembramos do passado, e pensamos sobre isso, pode ser mudado. Recordando as memórias de maneiras diferentes pode nos ajudar a re-interpretar o passado e nos colocar em um caminho diferente no futuro. Por exemplo, estudos têm mostrado que as pessoas podem não se lembrar tanto de memórias negativas e dolorosas se focarem mais nas memórias positivas (Levy & Anderson, 2008).

Resumindo, nossa memória não é tão pobre como nós costumamos imaginar. Ela pode não funcionar como um computador, mas é isso que a torna ainda mais fascinante para compreender e experiência.


Fonte: Psy Blog
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Apresentação - Mark2Market

Descontração após a apresentação.

Álisson Sávio - Presidente da Mark2Market/SP
"Simplesmente um espetáculo intrigante, envolvente e surpreendente! O inesperado instiga a nossa mente aguçando ainda mais a expectativa para o próximo número! Parabéns pelo espetáculo! Recomendo a todos!"
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Gandalf Street Magic

Há uma nova sensação na Terra Média. Senhoras e senhores, com vocês: Gandalf.










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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

14 anos atrás: o dia em que Teller me deu o segredo para a minha carreira na mágica

Este é o testemunho do mágico bizarrista Brian Brushwood e seu contato com o veterano Teller. Os conselhos sensíveis de Teller servem para qualquer um que queira trabalhar com qualquer tipo de arte.


Hei galera,

Ultimamente um monte de jovens mágicos têm vindo me pedir conselhos, o que me fez lembrar de uma das correspondências mais valiosas da minha vida: uma das cartas mais alucinantes que já recebi, repleta de idéias que, todo dia, guia a minha carreira e filosofia, tanto na criação como na realização de uma mágica.

Este é um post muito longo, mas com a permissão de Teller, eu gostaria de compartilhar com vocês os segredos que ele me deu há 14 anos para iniciar uma carreira de sucesso na mágica

Primeiro, um pouco de história de fundo: Penn & Teller têm sido os meus heróis na mágica desde que eu tinha 8 anos de idade. Eu assistia a praticamente qualquer coisa relacionada à mágica, P & T eram especiais porque eram legais. Eles se conectavam com seu público, mexiam com seu interior ... Eventualmente, eles mesmo ensinavam alguns truques para fazer em casa. Eu era viciado.

Naquele momento eu tinha 19 anos, eu era um mágico semi-profissional decente, tentando desesperadamente descobrir o tanto que eu queria estar no palco e o que eu tinha a dizer, quando no verão de 1994, eu tive a minha primeira chance de ver Penn & Teller ao vivo. Eu dirigi três horas e meia com o meu melhor amigo Gordon para assistir ao desempenho e (mais importante) a chance de encontrá-los depois.

Como sempre fizeram, Penn & Teller iam no hall de entrada após o show para encontrar as pessoas que gostariam de dizer um "Olá". Enquanto esperávamos na fila, Gordon e eu começamos a reunir maneiras de para se destacar da multidão e causar uma impressão em meus heróis. Gordon teve uma idéia divertida, mas ele era muito covarde para tentar, assim, com a sua permissão, eu perguntei para Teller se ele podia assinar "... para o meu filho bastardo, Brian."

Eu estava totalmente atordoado quando Teller sorriu, e tonto por passar os próximos minutos conversando com um dos meus heróis sobre como começar na mágica ... O MELHOR SHOW DE TODOS OS TEMPOS!

Um ano depois, eu estava muito mais sério sobre a mágica, e muito mais frustrado como eu ainda estava lutando para encontrar minha própria voz, caráter e apresentação. Foi quando me deparei com endereço de e-mail de Teller, e que em um ataque de bravura induzida, escreveu a seguinte carta:

De Brian (na terça-feira outubro 17, 1995):
Data: terça-feira, 17 outubro, 1995
De: "Brian Allen Matagal"
Assunto: Fury
Para: "Teller"
Tudo bem. Eu o deixei por fora por muito tempo. Eu disse a mim mesmo que iria esperar para te escrever até que eu tivesse algo significativo a dizer, mas eu tenho ficado sentado em seu endereço (figurativamente) já há alguns meses, e estou farto de esperar. 
O fato é que, Teller, estou furioso com você.
Não é para ofender ninguém, por ser ultrajante, ou por ser tão inventivo com a sua mágica, mas porque você estava lá primeiro. Na Genii Magazine, você fez um ponto brilhante de explicar que, independentemente da verdadeira origem de um truque, quem é o mais famoso realizá-lo é seu dono (eu acredito que você citou esse novo "domínio" para o seu Bullet Catch). 
Infelizmente, eu não acredito que você estendeu profundamente essa idéia. Este conceito atinge todo o caminho para as atitudes e estilos de desempenho. Em suma, por causa de Penn & Teller, eu não posso ficar com raiva da mágica, pelo menos não no palco. 
Parece-me que, como você tem o domínio do "Bullet Catch", você possui esta habilidade de se lançar na mágica, para atuar como uma válvula de escape para as frustrações. Sem mencionar o uso de sangue e /ou violência de uma forma humorística. Inferno! Você tem sua própria dupla! Toda esta capacidade me impediu de fazer o tipo de palco (e close-up, acredite ou não) a mágica que eu quero, por medo de ser tachado de imitador. 
Este verão, eu tentei resolver este problema escrevendo um par de atos da dupla masculina, tentando manter o P & T fora de minhas veias, que se reuniu com algum sucesso. Um ato, que consiste em dois personagens de comédia mágica (um instrutor que realiza o "livro de colorir", no jargão de um samurai - que realiza um truque com cartas que termina em Hara-kiri) para a Texas Association of Magicians Senior Comedy competition. No entanto, acho que é difícil de eu seguir seu conselho de "deixar o ódio, não o amor, ser a sua força motriz" (que é absolutamente verdade) e ao mesmo tempo manter-me não apenas uma aspirante a  P & T
Se você pudesse oferecer algum conselho sobre como você estabeleceu seu próprio personagem e estilo, eu agradeceria muito. 
                                        Brian Allen Brushwood

Somente escrever essa carta foi catártico ... Quero dizer, afinal, quem era eu para Teller? Eu teria sido perfeitamente feliz em receber uma resposta de cortesia de cinco palavra, mas para minha absoluta surpresa, na manhã seguinte, eu encontrei o seguinte ensaio alucinante na minha caixa de entrada:

Resposta do Teller:

Data: Quarta-feira, 18 de outubro de 1995 03:40:27 -0500 (CDT)
De: "Teller"
Assunto: Fury
Para: "Brian Allen Brushwood" 
Meu querido filho bastardo, 
É sobre o tempo que você escreveu, meu rapaz. 
Agora, acalme-se. Lembre-se de algumas coisas. 
Eu tenho 47. Fui ganhando a vida no show business por vinte anos. Tenho vindo a fazer mágica desde que eu tinha cinco anos, o que torna 42 anos de tempo. E eu tive a sorte de (a) encontrar Penn e (b) tornar-me um sucesso off-Broadway no momento exato no tempo certo.
Quando começamos, não tinha estilo, não entendíamos nós mesmos ou o que estávamos fazendo. Tivemos sentimentos, aquelas idéias vagas, uma sensação do que nós gostamos, talvez, mas não do ponto de vista unificado, e não até mesmo uma forma real de exprimir a nossa parceria. Nós brigamos constantemente e esperávamos romper a cada semana. Mas nós fizemos algumas coisas, coisas que eu acho que você pode tirar proveito do conhecimento:

Nós amamos o que fazíamos. Mais do que qualquer coisa. Mais do que sexo. Absolutamente. 
Nós sempre sentimos como se todos os shows fossem a coisa mais importante no mundo, mas sabíamos que se explodisse uma bomba, que iríamos sobreviver. 
Nós não começamos como amigos, mas como pessoas que respeitavam e se admiravam mutuamente. Crucial, absolutamente crucial para uma parceria. Assim que pudemos pagar, deixamos de morar juntos. Igualmente crucial. 
Fizemos um juramento solene de não aceitar qualquer trabalho fora do show business. Nós pegamos dinheiro emprestado dos pais e amigos, em vez de assumir um trabalho letal de servir mesas. Isto forçou-nos a aceitar qualquer trabalho que nos era oferecido. Nada. Certa vez, fizemos um show no meio da Benjamin Franklin Parkway, na Filadélfia, como parte de um desfile de moda em uma noite quente de julho, enquanto em todo o nosso palco havia uma corrida de carruagens em pleno andamento. Isso é o quão sério nós levávamos o nosso voto. 
Entre no palco. Muito. Experimente coisas. Dê o seu melhor golpe e mantenha. Se ele está lá em seu coração, ele acabará por encontrar o seu caminho para fora. Ou você vai desistir e ter uma prudente, e contente vida fazendo outra coisa.

Penn vê as coisas de modo diferente do que eu faço. Mas eu realmente sinto como se as coisas que criamos juntos não são coisas que projetamos, mas as coisas que descobrimos, como se, em certo sentido, elas  sempre estivessem em nós, esperando para ser revelada, como a figura de Mercúrio esperando em um áspero pedaço de mármore. 
Tenha heróis fora da mágica. Os meus são Hitchcock, Poe, Sófocles, Shakespeare e Bach. Você está convidado a os pegar emprestado, mas você tem que aprender a amá-los pelas suas próprias razões. Então, eles vão empurrá-lo na direção certa. 
Aqui está um segredo de composição. É tão óbvio e simples, você vai dizer para si mesmo: "Este homem está de sacanagem comigo." Eu não estou. Esta é uma das coisas mais fundamentais em toda a composição de um filme para cinema e ainda mágicos não sabem nada disso. Pronto? 
Surpreenda-me.

É isso aí. Coloque 2 e 2 na frente do meu nariz, mas me faça pensar que eu estou vendo 5. Em seguida, revele-me a verdade, 4!, E me surpreenda. 
Agora, não me subestime, como o resto dos mágicos do mundo. Não se engane em pensar que eu nunca vi um conjunto de anéis que se ligam antes e vou dizer: 'oh estou atordoado, pois você pode "ligar" elas'. Mentira. 
Veja como funciona a surpresa. Enquanto segura a minha atenção, você colheta informações para o enredo básico. Alimente-me pouco a pouco. Faça-me tentar descobrir o que está acontecendo. Direcione-me na direção. Jogue em um final falso. Em seguida, vire-a e me faça virar. 
Eu faço o velho truque da agulha. Eu chamo um cara o palco, que examina as agulhas. Eu as engulo. Ele as procura em minha boca. Elas se foram. Eu o dispenso, e ele deixa o palco. O público pensa que o truque acabou. Então, eu tiro o fio para fora. "Haha! Fio dental!" eles exclamam. Eu como o fio dental. Em seguida, os espertos começam a dizer: "Não fio, linha. Agulhas. Linhas e agulhas. OH meu Deus! Ele vai enfiar a linha na agulha..." E pelo tempo que eles estão para fora e brilhando ao sol. 
Leia Rouald Dahl. Assista os velhos episódios de Alfred Hitchcock. Surpresa. Colete informações. Faça os dizer: "O que diabos ele está fazendo? Onde é que isto vai?" e não dê pistas para onde está indo. E quando ele finalmente chegar lá, deixe-o lá. Um final.
Levei OITO ANOS (você está ouvindo?) Oito anos para chegar a uma maneira de executar The Miser's Dream que leve a surpresas e a um final. 
Amar algo além da mágica, nas artes. Inspire-se com um determinado poeta, cineasta, escultor, compositor. Você nunca vai ser o primeiro Brian Allen Brushwood da mágica, se você quer ser Penn & Teller. Mas se você quer ser, digamos, o Salvador Dali da mágica, há uma espaço para isso.

Eu deveria ser um editor de filme. Eu sou um mágico. E se eu sou bom, é porque eu deveria ser um editor de filme. Bach deveria ter escrito ópera ou teatro. Mas em vez disso, ele trabalhou no século XVIII em contraponto. É por isso que seus contrapontos têm muito mais pontos. Eles têm paixão e enredo. Shakespeare, por outro lado, deve ter sido um músico, escrevendo contraponto. É por isso que suas peças se destacam dos outros, através de seu enredo e música. 
Estou cansado agora. Eu tenho escrito para você, meu querido filho bastardo, por 45 minutos apenas porque, hoje, eu estou lembrando que à noite eu conheci sua mãe, no Rio, durante o Carnaval ... ah! ... E como nós amamos! 
TELLER


Sem dúvida, lendo estas palavras, você me colocou no caminho de onde eu estou hoje. Para quem quiser ganhar a vida fazendo algo artístico, espero que suas palavras sejam tão úteis para você como eles eram para mim.

Obrigado novamente, Teller.


Original: Brian Brushwood - Bizarre Magic
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Livro - O Andar do Bêbado

O livro "Andar do Bêbado", 4o. livro do Leonard Mlodinow, utiliza-se de exemplos reais para provar como o ser humano não está preparado para lidar com o aleatório, muitas vezes não sabendo, nem mesmo, reconhecê-lo.


















O livro foi bestseller, e "livro notável do ano pelo NY Times", também foi considerado "1 dos 10 melhores livros científicos do ano de 2008 pela Amazon.com".

Leonard Mlodinow em seu capítulo inicial começa discutindo um importante experimento de Daniel Kahneman e Amos Tversky. Apresentado para um grupo de pessoas a seguinte afirmativa:

Linda é uma mulher de 31 anos de idade, solteira, sincera e muito inteligente. Cursou Filosofia na universidade. Quando estudante, preocupava-se profundamente com discriminação e justiça social, e participou de protestos contra armas nucleares.

Foi pedido que classificassem as seguintes afirmações numa escala de 1 a 8 de acordo com a probabilidade (1- mais provável; 8 - menos provável). Foi obtido o seguinte resultado (média):

Linda participa do movimento feminista................................................ 2,1
Linda é bancária e participa do movimento feminista............................4,1
Linda é bancária........................................................................................6,2

É claro que o conjunto "é bancária" engloba o conjunto "é bancária e participa do movimento feminista", portanto, é menos provável.

O detalhe "Linda participa do movimento feminista" parecia verdadeiro com base na descrição inicial de sua personalidade, quando este era acrescentado à especulação sobre seu emprego como bancária, ele aumentava a credibilidade da situação.

Se os detalhes que recebemos se adequarem à imagem mental que temos de alguma coisa, então, quanto maior o número de detalhes considerados numa situação, mais real ela parecerá, e, portanto, consideraremos que será mais provável - muito embora o ato de acrescentarmos qualquer detalhe do qual não tenhamos certeza a uma conjectura a torne menos provável.

Mlodinow com maestria passeia conosco nessas percepções irracionais do mundo ao nosso redor.
Recomendo.


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sábado, 8 de dezembro de 2012

---- O Mundo Iluminado pela Ciência ---- Método Científico

Método Científico é um processo de pesquisa que segue determinada sequência de etapas.










Por Roney Belhassof
do Blog Meme de Carbono



Etapas do Método Científico 


Observação
Como o próprio diz, é a visualização de um fato (ou fenômeno). Essa observação deve ser repetida várias vezes, buscando obter o maior número possível de detalhes sendo, realizada, portanto, com a maior precisão possível. Deve-se tomar o cuidado com os “vícios” para ocorra uma observação correta do fato; em muitos casos, a pessoa ver o que deseja ver, e não o que está ocorrendo de fato. 

Problematização
Corresponde à execução de questionamentos sobre o fato observado. E para essas perguntas, o pesquisador vai à busca de respostas. Um problema bem formulado é mais importante para a ciência do que a sua solução, pois, abrir caminho para diversas outras pesquisas.

Formulação da hipótese
A hipótese nada mais é do que uma possível explicação para o problema. No jargão científico, hipótese equivale, habitualmente, à suposição verossímel, depois comprovável ou denegável pelos fatos, os quais hão de decidir, em última instância, sobre a verdade ou falsidade dos fatos que se pretende explicar. "A hipótese é a suposição de uma causa ou de uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno até que os fatos a venham contradizer ou afirmar." (Cervo & Bervian,1974:29)

Experimentação
Etapa em que o pesquisador realiza experiências para provar (ou negar) a veracidade de sua(s) hipótese(s). Se, após a execução por repetidas vezes da experiência, os resultados obtidos forem os mesmos, a hipótese é considerada verdadeira. Na antiguidade, as experiências não eram controladas – experiências empíricas – muito usadas pelos alquimistas. Nesse modelo, as experiências eram do tipo tentativa-erro; com isso, as descobertas acabam sendo puramente casual.


Na experiência controlada, usam-se dois grupos: o experimental e o grupo teste (grupo controle ou testemunho). No grupo experimental é testada uma variável; as demais condições devem ser iguais às do grupo controle que, por sua vez, corresponde ao grupo em que a referida variável não aparece e, assim, serve de referência para análise dos resultados. Para entender essas coisas temos que ser capazes de usar o que nossa mente tem de melhor: razão, intuição, criatividade e inspiração.

Texto: Método Científico

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Não existe um único e definitivo sinal da mentira

Não corra o risco de errar, chamando alguém de mentiroso com base apenas em um sinal!


Por Sergio Senna Pires
Para IBRALC (parcial)

Quando o assunto é a mentira, é muito importante ressaltar que NÃO EXISTE um único e definitivo sinal da mentira, pois não há um “nariz de Pinóquio” que cresce quando alguém mente.

Perceber a mentira, principalmente aquelas que podem te causar muito dano, é um processo interpretativo que fica mais preciso conforme você se apoia numa quantidade maior de indicadores.

Se alguém diz que pegar um mentiroso é fácil, é porque não entende muito sobre a mentira e sobre os mentirosos.

Muitos dizem: “olha só….. a pessoa coçou o nariz, então está mentindo”. Essa é a forma mais rápida de cometer um engano e chamar de mentiroso alguém que nunca mentiu para você. Pense sobre as consequências disso!

De certa forma, todos nós somos especialistas em mentira, pois lidamos com ela todos os dias. Não importa se somos vítimas, protagonistas ou suas testemunhas, desde cedo percebemos o potencial destrutivo que a mentira pode ter. Nesse contexto, procuramos observar os padrões de comportamento das pessoas e, quando notamos certas alterações, intuitivamente levantamos a hipótese de que a pessoa está mentindo.

Como isso ocorre? Pela mera observação de mudanças no comportamento de nossos interlocutores e pela decorrente associação com as situações em que nos contaram mentiras. Todo ser humano é capaz de fazer isso.

Os sinais da mentira e o sistema nervoso


Os estudos científicos nessa área levantam que uma boa parte dos sinais da mentira está associada à ativação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAS).

Notamos, então, sinais de nervosismo, desconforto e agitação. A frequência cardíaca pode aumentar, bem como a respiração pode se tornar irregular. A pupila pode dilatar e a pessoa fica mais agitada e nota-se um aumento de sua movimentação. A figura abaixo ilustra alguns efeitos ligados ao SNA:


No entanto, os sinais podem não ser tão evidentes, pois ao sentir-se agitada a pessoa pode iniciar um “controle”, passando a movimentar-se menos, encolhendo-se e procurando disfarçar esses indicadores.

É justamente por que existem diferentes processos ligados ao nosso sistema nervoso autônomo que os mesmos sinais podem aparecer em situações de estresse, nervosismo e também quando se está mentindo. É responsabilidade de quem analisa esses indicadores, estar seguro de seu juízo sobre a ocorrência da mentira. Nesse contexto, fica muito fácil chegar à conclusão que identificar sinais da mentira não é uma “brincadeira”, nem adivinhação.

Observação do comportamento, análise de micro-expressões, detectores de mentira, até mesmo os mais modernos aparelhos de ressonância magnética funcional são métodos indiretos para indicação da ocorrência da mentira. É por esse motivo que, por mais precisa que seja a análise, sempre há margem de erro que deve ser considerada.

Como ter certeza, então, que alguém está mentindo e não simplesmente nervoso? Pela quantidade de indicadores, pela sua contextualização e, principalmente, pela narrativa do mentiroso em comparação com sua linguagem corporal.

Outro aspecto importante é o aumento da carga cognitiva. Mentir não é uma tarefa fácil! Há que inventar uma narrativa plausível, embrulhá-la com verdades, adicionar detalhes suficientes para dar credibilidade ao que não ocorreu e ainda lembrar de tudo isso depois.

Ocorre, então, um aumento da utilização de suas funções cognitivas para dar conta de todas essas operações. O mentiroso, então, tende a ficar mais lento, repetir sentenças, transformar as perguntas que lhes são feitas em introdução para as suas respostas, pois precisará ganhar o tempo que puder para pensar. Sob esse ponto de vista, falar a verdade é muito mais fácil e leva muito menos tempo (mas pode ser muito mais sofrido).

No entanto, as pesquisas científicas mostram que 15% das pessoas não apresentam essa lentidão característica. Isso não significa que sejam necessariamente mentirosas, mas sim que, se mentirem, o farão com eficiência.

Diante desses números, você não enfrentará mentirosos profissionais com muita frequência. A maioria das pessoas que mentem para você estão no seus ambientes mais próximos. Estão em seu lar, seu trabalho, são seus amigos etc. No fundo, uma boa parte delas não quer te causar dano. Mentem pela pura e simples incapacidade em lidar com suas próprias emoções e com a verdade… Diante disso, pergunto: Vale a pena correr o risco de imputar, injustamente, uma mentira a alguém tão próximo?

Como conclusão, fica aqui o meu conselho: Se você não é um investigador profissional, não haja como um, tentando descobrir mentirosos em cada esquina. Use esse conhecimento com parcimônia e sabedoria. Você viverá uma vida muito mais feliz!

Fonte: IBRALC
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

MindFlex detonado por um Mentalista

Este é o produto:


 

E isto é o que um Mentalista faz com o produto:



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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Memória, Memória Reprimida e Falsa Memória

Memória é a retenção e recordação de experiencias. Uma memória reprimida é uma que se diz ser retida na mente inconsciente, onde pode afetar pensamento e ação mesmo se aparentemente se esqueceu a experiência em que a memória se baseia. Uma falsa memória é uma memória que se baseia no ouvir dizer ou sugestão. A falsa memória difere da memória errônea. Esta baseia-se em experiencias reais que são recordadas incorretamente Falsa memória são memórias de ter experimentado algo que na realidade nunca se experimentou.



Quão confiável é a nossa memória? Enganamo-nos muitas vezes ao pensar que nos recordamos corretamente de algo. Estudos sobre a memória mostram que muitas vezes construímos as nossas memórias após o fato, que somos susceptíveis a sugestões dos outros que ajudam a preencher os buracos na nossa memória de um dado evento. É por isso que um policia, ao investigar um crime, não deve mostrar uma fotografia de um só individuo à vitima e perguntar se esta reconhece o assaltante. Se é apresentado à vitima com uma linha de suspeitos para identificar e ela escolhe o individuo cuja fotografia lhe tinham mostrado, não há maneira de saber se ela se está a recordar do assaltante ou da fotografia.

Outro fato interessante sobre a memória é que estudos mostram que não há uma correlação significativa entre o sentimento subjectivo da certeza que uma pessoa tem acerca de uma memória e a exatidão dessa memória. Também contrariamente ao que muitas pessoas pensam, a hipnose não ajuda à exatidão da memória. Porque o sujeito é extremamente sugestionável enquanto hipnotizado, a maioria dos países não permitem testemunhos em tribunal feitos sob hipnose.[1] É possível criar falsas memórias nas pessoas por sugestão, mesmo memórias de vidas anteriores que nunca foram vividas. Tavris resume o estado atual da investigação da memória:

A mente não recorda todo o detalhe de um acontecimento, mas apenas alguns dados; preenchemos o resto baseados no que "deve ter sido". Para um acontecimento ficar guardado a longo prazo, uma pessoa tem de o perceber, codificar e ensaiá-lo--falar sobre ele--ou ele decai. (Isto parece ser o mecanismo principal por trás da amnésia infantil, o facto das crianças não desenvolverem memórias a longo prazo até cerca dos 3 anos) A pesquisa mostra também que mesmo experiencias emocionais que estamos certos nunca esqueceremos--o assassínio de Kennedy, a explosão da Challenger--tornar-se-ão vagas na memória, e os erros assaltarão o relato do que permanece.[2]

Tavris também reconta uma história sobre Jean Piaget, o célebre picólogo infantil. Piaget afirmava que as suas mais antigas memórias eram de ter sido quase raptado com a idade de 2 anos. Recordava detalhes como estar sentado no carro de bebê ver a enfermeira defender-se do raptor, arranhões na cara dela, um policia perseguindo o raptor. A história era reforçada pela enfermeira, os pais e outros que a tinham ouvido. Piaget estava convencido que se recordava do acontecimento. Contudo, ele nunca aconteceu. Treze anos depois da alegada tentativa de rapto, a antiga enfermeira escreveu aos pais de Piaget a confessar que tinha inventado toda a história. Piaget escreveu posteriormente: "Devo portanto ter ouvido, enquanto criança, o relato desta história... e projetado-a no passado em forma de memória visual, que era uma memória de uma memória, mas falsa." Bem falado.

Não sabemos exatamente como funciona a memória, embora haja muitos modelos explicatórios. Alguns destes identificam a memória com funções cerebrais. Num, por exemplo, a memória diminui com a idade porque os neurônios ;vão morrendo conforme vamos envelhecendo. Há apenas três modos de vencer este facto da natureza: 1. descobrir um modo de impedir os neurônios de morrer; 2. descobrir um modo de estimular o crescimento de novos neurônios ou 3. fazer os restantes neurônios trabalharem mais eficientemente.

Até agora, as opções 2 e 3 são as mais prometedoras. Contudo, alguns resultados positivos têm sido obtidos com a estimulação do crescimento de novas células cerebrais através de implantes fetais. E o Salk Institute tem relatado que a investigação em neurogênese tem sido encorajadora. Observaram o crescimento de neurônios no hipocampo de ratos colocados em ambiente estimulante. Investigação neurológica também obteve resultados ao fazer os neurônios trabalharem melhor usando ampakines, compostos químicos algumas vezes chamados "drogas de memória".Os primeiros testes com humanos mostraram excelentes resultados, mas a amostra era demasiado pequena para justificar alguma conclusão além de que os estudos devem ser continuar.

Por outro lado, um dos mais questionáveis modelos de memória é o que assume que toda a experiência de uma pessoa é "registada" na memória e que algumas das nossas memórias são acontecimentos demasiado traumáticos para os querermos recordar. Essas terríveis memórias são fechadas na alegada "mente inconsciente", i.e., reprimida, para só os recordarmos em adultos quando algo faz abrir a porta para a mente inconsciente. Quer antes, quer depois da memória reprimida ser chamada, provoca desordens físicas e mentais na pessoa.

Este modelo de memória é questionável porque assume que alguém que tenha problemas e funciona como um adulto saudável manteve os traumas de infância reprimidos, e assume que se recordar um trauma de infância, essa recordação é exata. O erro não está em que as pessoas não tenham experiências dolorosas e desagradáveis que não queiram recordar. Nem é errado afirmar que as crianças tem experiências maravilhosas e/ou brutais para as quais não tem bases conceptuais ou linguísticas. As crianças são muitas vezes incapazes de compreender o que experimentam. Como adultos, podem vir a compreender o que lhes aconteceu em criança. As crianças sofrem muitas vezes abusos, reprimem essa experiencia e mais tarde na vida recordam-na. Não há nenhum mito nisto.

Mas, não há prova de que recordamos tudo o que experimentamos. De facto, há bastantes provas de que é impossível guardar todos os elementos conceptuais de uma dada experiencia muito menos recordarmos todas. Nada prova que todas as memórias de acontecimentos indiquem que eles tenham acontecido como recordamos ou que tenham sequer acontecido. E não há qualquer prova de que a certeza subjectiva quanto à exatidão da memória ou o ser tão real se possa correlacionar com a sua exatidão Finalmente, a afirmação de uma conexão causal entre abuso e saúde ou comportamento não permite concluir que doença, mental ou física, seja um "sinal" de ter sofrido abusos.

O grande proclamador deste mito da memória foi Sigmund Freud, que aparentemente sabia que era um mito. O mito foi expandido na Dianética por L. Ron Hubbard, que aparentemente não se importava se era ou não um mito mas que culpou todas as desordens mentais e físicas por experiencias pré-natais e na infância, experiencias que não podiam ser "gravadas" pela mente consciente visto a maioria ocorrer antes do cérebro, a mente e a linguagem existirem numa pessoa.

O mito é a base para uma série de trabalhos pseudo-científicos sobre abuso de crianças por auto-proclamados especialistas como Ellen Bass, Laura Davis, Wendy Maltz, Beverly Holman, Beverly Engel, Mary Jane Williams e E. Sue Blume.[3] Através de reinforço comunal (O processo pelo qual uma afirmação se torna uma crença profunda pela repetida confirmação pelos membros de uma comunidade mesmo sem confirmação cietífica) muitas noções empíricas não apoiadas, incluindo a de que metade de todas as mulheres sofreram abusos sexuais, são tratadas como "fatos" por muitas pessoas.

Os perigos deste mito da memória são visíveis: não só as memórias falsas são tratadas como reais, mas as memórias reais de abusos reais podem ser tratadas como falsas memórias, fornecendo assim uma defesa credível a criminosos autênticos  No fim, ninguém se beneficia ao encorajar uma crença na memória que é falsa. Qualquer que seja a teoria sobre a memória que se defenda, não se permite examinar provas e tentar de um modo independente verificar afirmações de abusos recordados, é uma teoria em risco de provocar mais mal do que bem.

Uma variante da memória de não-vivida é a noção de que uma pessoa pode recordar vidas passadas. Este mito tem sido perpetuado por relatos de pessoas que, em sonhos ou sob hipnose, recordam experiencias de pessoas que viveram em épocas passadas. Um caso tipico de regressão a vidas passadas é o de Bridie Murphy:

Num dia de 1952, Morey Bernstein hipnotizou Virginia Tighe. Ela começou a falar numa variante de irlandês e afirmou ser Bridey Murphy de Cork, Irlanda. Bernstein hipnotizou Virginia, aliás Bridey, muitas vezes depois disso. Sob hipnose, ela cantou canções irlandesas e contou histórias da Irlanda, sempre como Bridey Murphy. Bernstein escreveu um livro, The Search for Bridey Murphy, que se tornou um best-seller. Gravações da sessões foram feitas e traduzidas em mais de 12 línguas. Os discos também venderam bem. O boom da reincarnação tinha começado.  
Jornais enviaram repórteres à Irlanda para investigar. Onde estava uma ruiva Bridey Murphy que viveu na Irlanda no séc. XIX? Um jornal--The Chicago American--encontrou-a no seculo 20 em Chicago. Bridie Murphey Corkell viveu na casa do outro lado da rua onde Elizabeth Tighe cresceu. O que Elizabeth contava debaixo de hipnose não eram memórias de uma vida anterior mas recordações da sua infância.

Então, os relatos de memórias reprimidas devem ser recusados à partida? Claro que não! Mas temos de tentar corroborar tais memórias com provas e testemunhos independentes antes de tirar conclusões sobre esses factos, especialmente se abusos ou crimes. Tais relatos devem ser tomados seriamente e examinados criticamente, dando-lhes toda a atenção e estudo que devemos dar a qualquer alegação de crime. Mas não devemos apressar o julgamento, quer sobre a exatidão das memórias quer sobre a relação causal entre experiências passadas e problemas atuais. Memórias reprimidas durante anos que são subitamente recordadas não devem ser automaticamente rejeitadas como falsas. Nem devem ser automaticamente aceites como verdadeiras. Em termos de verificação da sua exatidão, estas memórias devem ser tratadas do mesmo modo que qualquer outro tipo de memória.

Notas


[1] Ver Elizabeth Loftus, Eyewitness Testimony, Harvard University Press, 1980. Ver tambem artigos no Skeptical Inquirer, Vol. XII No. 2, Inverno 1987-88: "The Power of Suggestion on memória" por Robert A. Baker e "Fantasizing Under Hypnosis: Some Experimental Evidence" por Peter J. Reveen. Três testemunhas de um assalto armado ensaiado foram hipnotizados por Reveen. Os seus relatos eram bastante detalhados mas nenhum concordava com o outro e nenhum se aproximava sequer dos factos reais que narrava.
[2] Carol Tavris, "Hysteria and the incest-survivor machine," Sacramento Bee, Forum, 17 Janeiro 1993, p. 1. Tavris é o autor de várias obras de psicologia, incluindo The Mismeasure of Woman (New York: Simon & Schuster, 1992). Tambem editor de Every Woman's Emotional Well-being (Garden City, N.Y. : Doubleday, 1986).
[3] ibid.


Fonte: Dicionário do Cético
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