Leonardo Martins - Mentalista

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Certo e o Errado em uma Competição de Talentos

Não estou aqui para apontar os defeitos dos outros, mas como este blog aqui também é uma forma de diário para mim mesmo, uma forma de organizar informações e idéias, quero neste post colocar algumas impressões do que funciona e do que não funciona em uma apresentação rápida.

Abaixo o que eu considero uma apresentação brilhante realizada por um gênio (que até então era um desconhecido para mim - Erick Dittelman):



Uma apresentação focada na presença de palco (a mágica começa quando ele dá o primeiro passo no palco), um rápido envolvimento com toda a platéia. Sua confiança tem uma presença tão contagiante, que de cara nos simpatizamos com ele. Os jurados são rapidamente envolvidos com a mágica. Ele poderia ter cometido uns 300 erros nesta apresentação, mas a realizou com maestria.

Abaixo, uma apresentação do, Colin McLeod. Ele é um dos mais famosos em nosso meio. Eu particularmente adoro o trabalho dele. Acho ele divertido e com ótimas idéias para novas rotinas:



Colin é experiente. Aqui também os jurados são envolvidos na mágica logo de início. Uma versão bem engraçada para um antigo ato de mentalismo. De novo, personalidade e confiança que relaxa as pessoas. Além do mais, ele realizou o sonho de muitos que já se apresentaram no programa: mostrar a bunda para os jurados!

Agora, veja abaixo o vídeo deste mentalista, David Fowler:



Nesta apresentação, ficamos sentidos logo de cara com ele: sua roupa, seu jeito, tudo parece uma caricatura. Uma apresentação arrogante feito sem paixão.

Neste ponto paro para um rápida defesa: Quero aproveitar desde já a minha admiração por quem dá "a cara pra bater", acho que só pelo fato da pessoa buscar seu sonho, isso por sí só é uma mágica no universo.

Em teoria, estaria fazendo tudo certo, mas sua presença é desconfortante a começar por sua linguagem corporal. Com tantas mágicas de mentalismo de palco, escolher uma tão pouco visual para um grande público? Mentalismo não é só saber fazer uma predição que aprendeu em um livro. É entretenimento. É divertir o público com algo inexplicável, um mistério que fascina. É oferecer à platéia a sensação de ser uma criança que olha o mundo e o não entende, e por isso fica fascinada. Não é tratar o publico como criança (no sentido de idiota), enganar a platéia é uma versão barata de alguém que não entendeu o que é Mágica.

Saber como um truque funciona é apenas saber que o som de uma música é feita apertando aquelas teclas bancas e pretas de uma caixa de madeira. Isso está longe de ser tocar bem Clair de Lune no piano.

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