Leonardo Martins - Mentalista

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Uma Breve História da Pesquisa de Expressões Faciais

Em 1840 o médico francês, Guillaume Duchenne começou a estudar a fisiologia das expressões faciais. Duchenne identificou a diferença entre um falso ou sorriso social - feito conscientemente, usando somente os músculos la boca - e um genuíno e espontâneo sorriso feito involuntariamente, usando os músculos de ambos os olhos. Em sua homenagem, sorrisos verdadeiros são chamados de "Duchenne smiles", enquanto os sorrisos falsos são chamados de "Pan Am smiles" (uma referência aos anúncios de televisão com atendentes de bordo.)

À esquerda - um sorriso real; à direita - um sorriso falso


É difícil simular um sorriso:

"Somente 1 em 10 pessoas consegue voluntariamente controlar a musculatura ao redor dos olhos."


Trinta anos depois de Duchenne fazer seu primeiro experimento, Charles Darwin elogiou o trabalho de Duchenne, creditando que muito de seu trabalho fotográfico o ajudou a desenvolver as idéias de sua publicação The Expression of the Emotions in Man and Animals. Darwin concluiu de suas viagens que "Todas as principais expressões do homem são as mesmas ao redor do mundo."


Com as crescente evidência de que o nosso corpo e emoções interagiam, Sigmund Freud começou a explorar a idéia de que as emoções básicas estavam ligadas a um comportamento não verbal. Em 1905, Freud escreveu: "Nenhum mortal pode manter um segredo. Se os seus lábios estão em silêncio, seus dedos irão murmurar. A traição irá emanar dele por todos os poros".

Mais recentemente 2 pesquisadores alavancaram o estudo da mentira. Silvan Tomkins, professor de Psicologia da Princeton e Rutgers, se preocupou com as emoções, não com o comportamento cognitivo. Tomkins era famoso entre os amigos por determinar com exatidão cada crime uma pessoa tinha cometido, apenas olhando sua foto no cartaz de procurado. Ele acreditava que emoção era "o código da vida" e que "dando suficiente atenção às particularidades, o código poeria ser quebrado."


Seguindo o trabalho de Tomkins, Paul Ekman (consultor da série "Lie to Me") foi convidado, com apenas 30 anos de idade a viajar para tribos isoladas para estudar o que era universal e o que era um variável cultural na comunicação não verbal. Hoje é aposentado como professor de psicologia do Departamento de Psiquiatria na Universidade da Califórnia. Em 2009 a Revista Time colocou Paul Ekman na lista dos 100 pessoas mais influentes do mundo.

Condensado do livro: Liespotting de Pamela Meyer.


Para testar sua capacidade de analisar sorrisos: Aqui.

Post anterior sobre micro-expressões, por Paul Ekman: Aqui.

Post anterior com o vídeo de Pamela Meyer: Como detectar um mentiroso: Aqui.
Para receber artigos como este em seu facebook, é só curtir a minha página

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...