As pessoas geralmente creditam suas idéias a momentos de inspiração individual. Mas a história conta uma versão diferente.
Há alguns anos atrás, um notável pesquisador chamado Kevin Dunbar decidiu pesquisar de onde vêm as boas idéias. Ele foi a um monte de laboratórios científicos por todo o mundo e gravou um vídeo de cada pessoa à medida que elas executavam cada parte do seu trabalho.
O que aconteceu na realidade quando Dunbar olhou para as gravações é que, na verdade, quase todas as idéias mais inovadoras não aconteceram sozinhas no laboratório, na frente de um microscópio. Elas aconteceram na mesa de conferência no encontro semanal do laboratório, quando todo mundo se junta e compartilha seus mais recentes dados e descobertas, ou erros que elas estavam cometendo. E alguma coisa sobre aquele ambiente - onde você tem um monte de idéias diferentes juntas, diferentes níveis, diferentes interesses empurrando umas às outras - aquele ambiente é de fato o ambiente que conduz a inovações.
O outro problema é que as pessoas gostam de condensar suas histórias de inovação em curtos espaços de tempo. Elas querem contar a história do momento de "inspiração". Elas querem dizer, "Lá estava eu, parado, e esta ideia vei, subitamente na minha cabeça". Mas de fato, se você voltar o tempo e olhar o registro histórico, muitas idéias importantes têm longos períodos de incubação.
Nós ouvimos muito sobre intuição em momentos repentinos de clareza, mas na realidade, muitas das grandes idéias demoram às vezes décadas no fundo da mente das pessoas. Elas têm um pressentimento de que há um problema interessante, mas elas não têm ainda as ferramentas para resolvê-lo. Há uma outra coisa latente lá, mas ainda não podem resolver.
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