Leonardo Martins - Mentalista

sábado, 27 de julho de 2013

A verdade sobre a Linguagem Corporal

O que podemos aprender observando como as pessoas se movem.



Por Alex Lickerman
Para Psychology Today

Todos nós nos permitimos ficar ao léu por uns momento num dia. Ou seja, nós transmitimos as nossas verdadeiras intenções, sentimentos, pensamentos, até mesmo sem conhecê-los, através da nossa linguagem corporal, tom de voz e expressões faciais. Isso acontece se essas intenções, sentimentos, pensamentos corresponderem ao que expressamos através da linguagem ou não. Assim, os jogadores de poker comprometem seus blefes, oradores sua ansiedade em seu desempenho, e os amigos e amantes os seus verdadeiros sentimentos.

Isso não acontece apenas porque nós transmitimos essas mensagens “em voz alta”, mas também porque (se não estamos falando de alguém com autismo, síndrome de asperger, ou demência) a pesquisa mostra que os seres humanos são especialistas em compreender essas mensagens. Mesmo as chamadas microexpressões faciais - que aparecem e desaparecem tão rapidamente que quase ninguém as registra - , têm um impacto grande sobre nós, embora inconsciente, talvez explicando como temos intuições sobre o que as pessoas realmente estão pensando e sentindo, sem saber como.

Tão bom quanto todos nós sabemos ler linguagem corporal, tom de voz e expressões faciais, no entanto, parece que fazemos isso principalmente através da nossa intuição, ou seja, chegamos à conclusões sobre o que alguém está pensando ou sentindo sem sermos capazes de explicar o porquê. Quando nos pedem para justificar por que achamos que alguém está louco, por exemplo, as respostas são muitas vezes reduzidas e soam como: "Você tem o olhar de um louco." E, sem sermos capazes de justificar as nossas impressões mais concretamente, ficamos muito mais propensos a rejeitar nossa intuição quando somos desafiados. Afinal, quem conhece melhor o que alguém está sentindo, o próprio ou as pessoas ao seu redor?

Na verdade, podem ser as pessoas ao seu redor. Nossa própria consciência do que estamos sentindo, ao que parece, é afetada por muitas coisas: quanto fortemente a gente quer evitar demonstrar a sensação física de emoções que podemos estar sentindo, para citar apenas uma.

Por mais ridículo que possa parecer, a nossa própria consciência subjetiva não pode realmente ser o sistema mais preciso do nosso estado emocional.

No entanto, todos nós presumimos que é. Que muitas vezes fica no caminho de uma boa comunicação. Se você está se comunicando com um amigo, um amante, um cônjuge ou um chefe, muitas vezes as pessoas têm incentivos para mentir e não apenas para você sobre o que estão pensando e sentindo, mas também para si mesmas. E esse segundo tipo de mentira é ainda mais difícil de detectar do que a primeira: se uma pessoa acredita realmente que ela não está com raiva quando, na verdade, ela está, por exemplo, é muito mais provável sermos convencidos por seus argumentos, pois estamos com uma probabilidade maior de detectar não só que a pessoa está com raiva, mas também que ela está sendo honesta em dizer que não está. Como, então, conciliamos essa contradição? Muitas vezes, por acreditar no que a pessoa diz e não no que intuímos.

Meu ponto aqui é que descontamos nossa leitura intuitiva das emoções sobre o que as pessoas estão sentindo com muito mais freqüência do que deveríamos. Nós nos permitimos ser enganados pelo que dizem e assim perpetuamos ficções que não podemos refutar, mas que nós não acreditamos em nossos corações. Estamos, assim, muitas vezes impedidos de resolver problemas que queremos resolver.

Portanto, meu conselho: mesmo que você não possa explicar o porquê, confie em suas leituras intuitivas sobre as pessoas. Pelo menos, não as entregue de mão beijada na primeira vez que for desafiado. Se existe uma discrepância entre o que você acha que alguém está sentindo e o que eles dizem que estão sentindo, questione se não existe um segundo sentimento que esteja influenciando a vontade de admitir o primeiro - e é este segundo sentimento que muitas vezes é o problema real .

Sua esposa parece irritada, mas não vai admitir isso? Ótimo. Não pressione-a sobre a sua ira. Procure compreender por que ela não quer admitir que está com raiva. Talvez ela esteja com medo de sentir raiva. Talvez ela esteja investindo em acreditar que ela não é uma pessoa raivosa. Felizmente, as pessoas, muitas vezes, são menos sensíveis a este segundo sentimento (muitas vezes nem mesmo percebem que estão sentindo isso), tornando-se, portanto, mais fácil de descobrir. E uma vez que você descubra isso, uma vez que é abertamente reconhecido entre ambos, o problema com a negação do primeiro sentimento muitas vezes vai embora por conta própria.

Confie na sua intuição. Embora você deva sempre manter o cuidado de não ficar pesado, lembre-se que você é um expert em ler os sentimentos das pessoas que você conhece.


Fonte: Psychology Today


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