Leonardo Martins - Mentalista

sábado, 7 de abril de 2012

Dicas de Apresentação por Steve Cohen

Steve Cohen, o "Mágico dos Milionários", compartilha algumas dicas para conquistar um público endinheirado, inclusive porquê você nunca deve improvisar e a importância de ter planos de backup.


Poucas coisas podem lançar tanto pavor no coração de um confiante artista do que a apresentação em uma sala cheia de poderosos jogadores. Comandar a atenção de uma importante audiência - sejam eles investidores, clientes, ou seus fornecedores, exige um nível de carisma e confiança de que nem todos podem facilmente apresentar.

Fazer apresentações para pessoas poderosas é o que Steve Cohen faz para viver. Conhecido como "Mágico dos Milionários" pelas suas refinadas demonstrações de prestidigitação, Cohen faz mágica a cada fim de semana para um público de alta qualidade na suíte do Waldorf Towers, em Nova York, e também viaja por todo os EUA para apresentar seu show privado para executivos e magnatas que variam de Warren Buffett e David Rockefeller a Michael Bloomberg e Jack Welch. Depois de nove anos de apresentações na frente dae platéias como estas, talvez Cohen tenha aprendido uma coisa ou duas sobre como quebrar o gelo em uma sala cheia de pessoas poderosas ao redor de seus dedos.

"Quando você põe pra fora truques de prestidigitação, mágicos são essencialmente mestres em atrair e prender a atenção, e impressionar o público", diz Cohen em seu livro sobre como cativar uma audiência, Win the Crowd.

Cohen diz que muitos dos mesmos truques de troca que são essenciais para executar uma ilusão na frente de uma platéia inteligente podem ser usados por um executivo para tentar persuadir uma sala cheia de colegas céticos ou clientes.

Aqui vão umas poucas, mas altas recomendações para conquistar até mesmo a platéia mais resistente.

Não deixe nenhum detalhe não planejado

"Um bom mágico faz algo difícil parecer fácil",diz Cohen.

Partes do ato de Cohen pode parecer espontâneas, mas na realidade ele planejou antes cada minuto do seu tempo na frente da platéia para alcançar um efeito impotnente, ainda que fácil e polido. Isto significa antecipar quando as pessoas vão rir e quando eles terão questões, bem como descobrir como conseguir os membros da audiência reticentes a participar (para esta última situação, Cohen usa o que ele chama de "comando em camadas", por exemplo, "fique de pé e segure esta corda", sustentando que as pessoas estão muito mais propensos a fazer o que você diga a elas, sem protesto ou hesitação quando você lhes dá dois comandos ao mesmo tempo, em vez de apenas um).

Mesmo a improvisação que soa mais espontânea foi sujeita a treino anteriormente. Quando Cohen prepara-se para adicionar um novo elemento ao seu show, ele faz questão de primeiro testar quaisquer novas piadas ou diálogo - conhecidos no ramo como "patter" - em sua vida cotidiana.

"Vou testar todas as novas frases na conversa com o carteiro, com cara da loja de café, com minha esposa - com quem eu possa encontrar - para ter certeza de que funciona e que realmente eu fique muito à vontade com elas antes de usá-las em meu show", diz Cohen.

Aileen Pincus, presidente da media coaching firm The Pincus Group, concorda que é importante se tornar confortável com uma linguagem ou um assunto antes de usá-la em um discurso ou apresentação, diz que uma das coisas que faz com que uma audiência fique inquieta é quando apresentadores memorizam e usam palavras e expressões que eles não usariam normalmente em uma conversa.

Ela acrescenta que os executivos devem abandonar a fantasia de que eles podem (ou devem) vir com um diálogo de improviso; mas sim, eles devem abraçar a idéia de pensar a frente, como Cohen faz.

"Dizemos às pessoas que nunca a", diz Pincus. "Mesmo discursos e observações improvisados não significam estar despreparado."

Cubra o conjunto

Uma vez que Cohen tenha o básico de ato, ele se assegura de checar cada novo lugar em que irá se apresentar antecipamente, o que os artistas chamam de “treading the boards” (bater as tábuas) - descobrir onde na sala é melhor ficar (ou sentar), planejar quê elementos do show vai ter que mudar devido às especificidades do ambiente, e se existem quaisquer objetos ou características da sala que ele pode incorporar ao seu ato. Cohen diz que ele não está, tão logo comece como se estivesse arrombando cômodos antes de seu ato, a fim de fazer esse tipo de trabalho com antecedência.

"Geralmente eu estou lidando com muito executivos primeiro escalão ou planejadores de partidos e realmente não tenho uma segunda chance para causar uma primeira boa impressão", diz Cohen. "Eu preciso ter certeza de todas as minúcias estão indo na direção certa antes mesmo de eu começar a mostrar-lhes qualquer coisa."

Pincus concorda que se familiarizar com o local de apresentação com antecedência é de bom senso. Não só para reduzir o nervosismo, isto também permite que o apresentador se adaptar a quaisquer mudanças de última hora que possam ser necessárias, tais como lidar com restrições de equipamentos ou a adaptação a uma sala que é muito maior, ou menor do que se imaginava.

Doug Staneart, o C.E.O. da empresa de treinamento de apresentação do Leader’s Institute, acrescenta que sem estes tipos de ajustes locais, as apresentações podem acabar ficando enfadonhas e sem originalidade.

Tenha sempre um plano B

"É essencial ter planos de backup e não apenas um, mas vários", diz Cohen. "A chave é saber todas as coisas que poderia dar errado."

Cohen prepara soluções elegantes para todos os tipos de situações: Se ele acidentalmente 'mostra' alguma coisa ​​para a platéia (como uma moeda em sua mão ou um lenço na manga), por exemplo, ou um voluntário da platéia esquece que o cartão que ele ou ela foi pedido a se lembrar (fiel aos princípios de sua profissão, Cohen não vai dizer exatamente o que ele faz, nessas situações, mas salienta que ele tem planos de contingência para toda e qualquer situação).

Staneart concorda com o conselho de Cohen de pensar além do inesperado, particularmente em situações onde você pode acabar gerando perguntas.

"Você precisa saber muito mais sobre o tema que você está apresentando, então, se o inesperado vem, você está preparado", diz Staneart.

Pincus também destaca a importância de estar atento a algumas questões comuns, como falhas tecnológicas ou ter menos tempo para uma apresentação do que o esperado, o que pode frustrar uma apresentação que foi bem planejada.

"Quando as pessoas estão em uma situação estressante, qualquer pequeno acidente pode jogá-las para fora", diz Pincus. "Mas se elas simplesmente tem algumas mensagens chaves prontas, não importa o que aconteça, eles serão capazes de se adaptar a situação."

Cohen completa: "Não deixe nada ao acaso, a chave para um bom desempenho é abordá-lo como um profissional."


Fonte
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